A japonesa com cabelos "asa da graúna" Riyo Mori foi coroada Miss Universo 2007 na segunda-feira (28), num concurso marcado por protestos, pela proibição de um vestido e pela retirada de uma miss devido ao suposto caráter degradante dessas disputas. A brasileira Natália Guimarães ficou em segundo lugar.
Mori, 20 anos, 56ª vencedora do título, recebeu a coroa de diamantes e pérolas, avaliada em 250 mil dólares, das mãos da porto-riquenha Zuleyka Rivera, vencedora do ano passado, sob os olhares de 10 mil pessoas no local e de 600 milhões diante de TVs no mundo todo.
Bailarina desde a infância, passada numa aldeia perto do monte Fuji, Mori foi à final com um belíssimo vestido preto de lapelas coloridas.
"Deu um branco na minha mente", disse ela sobre o momento da vitória.
Durante o desfile de vestidos de noite, a Miss EUA, Rachel Smith, escorregou e caiu sentada, o que não a impediu de conseguir o quinto lugar. Parte da platéia mexicana vaiou Smith durante o concurso, refletindo as tensões existentes entre México e EUA por causa da imigração ilegal.
Isabel Lestapier Winqvist, Miss Suécia, abandonou o concurso inesperadamente devido às queixas em seu país sobre o suposto caráter degradante da competição. Três suecas já venceram o Miss Universo.
Outro incidente envolveu a Miss México, a "dona da casa" que teve de trocar o vestido típico porque o original foi considerado de mau gosto - era decorado com imagens brutais de rebeldes sendo baleados ou enforcados durante uma revolta religiosa na década de 1920 no México.
O concurso, existente desde 1952, neste ano também atraiu manifestantes vestidas com roupas brancas manchadas de vermelho e faixas intitulando-se "Miss Juárez", "Miss Atenco" e "Miss Michoacán", em alusão a lugares do México tornados famosos por causa de assassinatos e violências sexuais contra mulheres.
As longas tranças da Miss Jamaica, primeira participante rastafári na história, e a careca da Missa Tanzânia destoavam dos penteados cheios de laquê das outras participantes.
Esta foi a quarta vez que o Miss Universo foi realizado no México, país que venceu em 1991 com Lupita Jones.
Mori, segunda japonesa a conquistar a coroa, passará seu ano de reinado viajando pelo mundo para falar sobre causas humanitárias, como pobreza e doenças.
STF terá Bolsonaro, bets, redes sociais, Uber e outros temas na pauta em 2025
Estado é incapaz de resolver hiato da infraestrutura no país
Ser “trad” é a nova “trend”? Celebridades ‘conservadoras’ ganham os holofotes
PCC: corrupção policial por organizações mafiosas é a ponta do iceberg de infiltração no Estado
Deixe sua opinião