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Gilsa Bendlin utilizou ferro e cabos de aço para criar objetos e quadros | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Gilsa Bendlin utilizou ferro e cabos de aço para criar objetos e quadros| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

Diversos materiais colados e encaixados, uma espécie de "estética da acumulação", é o que a artista plástica e estilista Gilsa Bendlin mostra em sua nova exposição individual, que inaugura nesta quinta-feira, às 20h30, na Subsolo Galeria de Arte Contemporânea. Utilizando a técnica assemblage, em que peças e elementos são colados uns aos outros, as 18 obras, entre quadros e objetos que remetem às bolsas femininas, foram construídas basicamente com ferros e cabos de aço. A artista também optou por cores discretas, respeitando o rústico dos materiais.

"É uma arte do acaso. Uso elementos cotidianos que, muitas vezes, as pessoas não enxergam", diz Ana. A artista também não busca transmitir um significado único com as obras. "Cada um faz uma leitura diferente das imagens". Na construção dos objetos que parecem bolsas de ferro, Gilsa aproveitou a experiência que tem com moda – ela já realizou diversas obras com o tema para eventos específicos. "É algo atemporal. A pessoa vê que algo simples, que está no cotidiano, pode virar uma obra de arte".

A maioria das obras expostas na mostra individual são inéditas e foram preparadas pela artistas durante um ano e meio. Nos quadros, aparecem os mesmos materiais dos objetos, além de uma leve textura e poucas cores. "Quero que as obras despertem a imaginação".

Dadás

Segundo a curadora da exposição e diretora da Subsolo Galeria, Joice Gumiel Passos, os trabalhos de Gilsa Bendlin, que é formada pela Universidade de São Paulo (USP) e trabalha há mais de 20 anos na área, são amplamente inspirados dos dadaístas, como Marcel Duchamp (1887-1968), criador do conceito ready made, em que elementos do cotidiano, em um primeiro momento sem conceito artístico, são transportados para o campo das artes. "Fiquei muito surpresa com a exposição. Ela está entre os artistas que incorporaram esses conceitos, mas que desenvolveram um estilo único. É uma arte não padronizada, que vaza para as ruas. Traz uma mensagem que não é tão clara, e que causa um certo estranhamento no espectador".

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Serviço:

Gilsa Bendlin – Mostra Individual. Subsolo Galeria de Arte Contemporânea (Av. Iguaçu, 2.481 – Água Verde). Hoje, às 20h30. 3ª a 6ª, das 14h às 20h. Sáb., das 11h às 18h. Entrada franca.

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