Mostra
Festival Internacional de Teatro de Objetos
Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999 Centro Cívico), (41) 3350-4400. Dias 25 a 27 de maio, das 15h às 22h. Entrada franca. Veja a programação completa no site do Guia da Gazeta: www.gazetadopovo.com.br/guia
Inscreva-se nas oficinas de teatro de objetos no Sesi Cultural (Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico), (41) 3271-9560 até 18 de maio. Podem participar maiores de 18 anos.
Maratona
Saiba quais são os grupos que participarão do Fito e os espetáculos que eles trarão a Curitiba:
La Cie. du Petit Monde: Toque Toque (França)
Fernán Cardama: Histórias de Meia Sola (Argentina)
Teatro das Coisas: Guarda Zool (Porto Alegre)
Grupo XPTO: Performance (São Paulo)
Cia. Meital Raz: Zebra (Israel)
Gente Falante: Louça Cinderella (Porto Alegre)
La Voce delle Cose: Máquinas para o Teatro Inconsciente e Objeto de Fábula (Itália)
Naná Vasconcelos e Grupo XPTO: Pinipan e Performance (Recife/São Paulo)
TAMTAM-objecktentheater: Ter ou Não Ter (Holanda)
Théâtre de Cuisine: 20 Minutos sob o Mar eThéâtre de Cuisine (França)
La Chana Teatro: O Pequeno Vulgar e Entre Dilúvios (Espanha)
Rocamora: Pequenos Suicídios (Espanha)
Tom Zé: Música /ContraMúsica (Salvador, BA)
Apesar de muitos lembrarem do poeta Hélio Leite, que, nos anos 1980 e 90, contava histórias com caixas de fósforo pela Feira do Largo, Curitiba não tem hoje um grupo de teatro de objetos pelo menos, essa foi a constatação das curadoras de um festival desta arte, que acontece na cidade sem representantes locais.
Depois de quatro anos e após passar por sete capitais, o Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito) chega ao Museu Oscar Niemeyer na semana que vem, entre os dias 25 e 27 de maio (veja o serviço completo do espetáculo). O evento ganhou um chamariz peculiar na semana passada, quando foram espalhados quatro saca-rolhas gigantes pela cidade, representando bailarinas.
A concentração intensa de espetáculos em que os protagonistas são penicos, chaleiras e por aí vai, além de animar o provável frio fim de semana, pode até estimular o surgimento de espetáculos daqui: a programação vem acompanhada de duas oficinas sobre o métier.
Coisas e mais coisas
A realização do festival é da jornalista cultural Lina Rosa Vieira, em conjunto com o Serviço Social da Indústria (Sesi). A curadoria, ela divide com Sandra Vargas, com quem selecionou para esta edição oito companhias internacionais e quatro nacionais, além do percussionista Naná Vasconcelos e o músico-performer Tom Zé.
Este último apresenta o espetáculo Música/ContraMúsica, em que mostra um pouco de sua criação artística, regada a poesia concreta, liquidificadores e máquinas de escrever.
Já Naná faz Pinipan, criação sonora com objetos domésticos bem conhecidos de quem cozinha. Ao lado dele, vêm os paulistanos do XPTO, grupo que está entre os mais conhecidos do país na arte de teatralizar objetos, e que traz diversas performances para apresentar ao longo dos três dias de programação.
"É um evento inédito para nós, mais conhecido na Europa, onde é muito forte", conta a gerente de Cultura do Sesi-Paraná Anna Zétola.
O batismo como "teatro de objetos" teve por madrinha a atriz Katy Deville, diretora do francês Théâtre de Cuisine. Ela estará no Fito curitibano com duas apresentações, e ainda ministrará a oficina Objetos: Intervenção Pedagógica (de 21 a 24 de maio), ao lado de Christian Carrignon.
Um segundo workshop acontece de 21 a 25 de maio, com os italianos Luì Angelini e Paola Serafini, que falam sobre Objetos entre a Arte, o Teatro e o Jogo. Haverá ainda uma conferência no dia 23 tudo na sede do Sesi (mais informações no serviço).
"É uma linguagem que tem muito a ver com nosso país, envolvendo o uso criativo de objetos para contar histórias", explica Lina.
Ela também vê uma forte presença de ideologia entre os artistas que enveredam por esse ramo do teatro. Basta ver alguns títulos, como Ter ou Não Ter, do grupo holandês TAMTAM-objecktentheater.
Em Histórias de Meia Sola, as crianças verão uma montagem de Chapeuzinho Vermelho, mas os adultos não deixarão de notar que o Lobo Mau é feito por um coturno preto do exército.
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