Um retrato que acreditava-se ter sido pintado por Leonardo da Vinci foi vendido por mais de 1,5 milhão de dólares em Nova York nesta quinta-feira, cerca de três vezes o preço máximo estimado antes do leilão.
A casa de leilões Sotheby's disse que outra versão do retrato, "La Belle Ferronniere", está no Louvre em Paris e essa é a obra que hoje é reconhecida como tendo sido pintada pelo próprio Da Vinci ou por um de seus alunos, enquanto a pintura vendida em Nova York era uma cópia posterior.
Acredita-se que o retrato seja de Lucrezia Crivelli que era a amante de Ludovico Sforza, o duque de Milão, e foi pintado em alguma época antes de 1750 por um discípulo do mestre renascentista.
Mas por mais de 80 anos a identidade do artista estava em disputa e a controversa obra foi tema de um julgamento de difamação nos anos 1920, e de dois livros publicados.
"A história de 'La Belle Ferroniere' é tanto sobre os fundamentos estéticos e científicos da história da arte moderna quanto sobre a autenticidade da obra em si", dizia uma nota no catálogo da Sotheby's.
Em seu site na Internet, a Sotheby's informou que a o retrato, de artista desconhecido, foi vendido por 1,538 milhão de dólares, comparado a estimativas de 300 mil a 500 mil dólares. Não foram dadas informações sobre o comprador.
"La Belle Ferronniere", foi levado aos EUA nos anos 1920 pelo norte-americano Harry Kahn e sua esposa francesa Andree, que receberam a obra como presente de casamento.
Acreditava-se que fora pintada por Da Vinci e foi autenticada por um especialista francês.
Mas quando Kahn tentou vender a obra no Instituto de Arte na Cidade de Kansas, EUA, por 250 mil dólares, Joseph Duveen, um grande comerciante de artes em Londres, disse a um repórter que tinha certeza de que era falsificado.
O incidente iniciou uma longa batalha que colocou em dúvida a legitimidade de Duveen mas também as fundações dos especialistas em arte, segundo a Sotheby's.
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