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Apresentação inédita acontece hoje e diversos concertos estão marcados até 2015 | Miriane Figueira/Divulgação
Apresentação inédita acontece hoje e diversos concertos estão marcados até 2015| Foto: Miriane Figueira/Divulgação

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Temas: Obras para Cordas e SoprosGuairinha (R. XV de Novembro, 971 – Centro), (41) 3304-7982. Dia 25, às 18 horas. R$ 15 e R$ 7,50 (meia-entrada).

Quando pensou em celebrar seus 30 anos de carreira, em 2012, o clarinetista Marcelo Oliveira viu que finalmente estava cercado de músicos à altura de um projeto que ambicionava desde os 17 anos de idade: tocar e possivelmente gravar o desafiador Quinteto para Clarinete e Cordas, Op. 115, de Johannes Brahms (1833-1897).

Viabilizado por edital da lei municipal de incentivo à cultura e, principalmente, pelo engajamento dos colegas da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) Maria Ester Brandão (primeiro violino), Alexandre Brasolim (segundo violino), Alexandre Razera (viola) e Maria Alice Brandão (violoncelo), o projeto de Marcelo já está em andamento. A obra vem sendo apresentada desde setembro, volta aos palcos neste sábado e segue até janeiro de 2015 com datas em locais como o Guairinha e a Capela Santa Maria.

"Estudo esta peça desde aquela época e, só agora, aos 46 anos, estou podendo apresentar com um conjunto completamente coeso para executar uma obra como essa", conta o clarinetista. "É uma obra virtuosa no sentido do quanto de responsabilidade cada um dos cinco músicos têm continuamente. Ela é carregada de dramaticidade, e é muito difícil para cinco pessoas sustentarem esta essência", explica.

O programa dos concertos, cuja temporada deverá culminar em uma gravação nunca feita por um grupo brasileiro, ainda inclui a Abertura sobre Temas Hebreus, Op.34, de Serguei Prokofiev (1891-1953) – obra em que o quinteto é reforçado pelo pianista Rodrigo Oliveira.

A abertura, solar e com apenas cerca de oito minutos, é um complemento à densidade da longa peça de Brahms. Mas é uma composição cuja história tem similaridades com a do Quinteto do alemão, composto quase 30 anos antes.

Brahms o escreveu em 1891, quando já anunciado o fim de sua carreira de compositor, depois de conhecer o alemão Richard Mühlfeld (1856-1907) e se impressionar com os novos caminhos expressivos que o clarinetista abria para o instrumento.

A peça de Prokofiev também foi inspirada por um clarinetista notável. O compositor ucraniano a escreveu a pedido do grupo russo Zimro, criado por Simeon Bellison (1881-1953) em prol do sionismo. O clarinetista deu ao compositor um caderno de canções do folclore judaico, com as quais Prokofiev se encantou. "Ele desenvolveu a ideia com o estímulo de ter sido reapresentado ao instrumento", explica Marcelo. "São duas peças interessantes para o clarinete. E Prokofiev sai do clima dramático e pesado do Brahms para algo mais leve, que vai deixar as pessoas felizes também", promete.

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