O grupo de ativistas ligados ao setor da Cultura que ocupava desde o dia 13 de maio a sede do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) decidiu encerrar a manifestação neste domingo (19).
No dia 9 de junho, quando a ocupação completava um mês, a promessa dos manifestantes era permanecer “pelo tempo que durasse” o governo interino de Michel Temer (PMDB).
“Não sairemos do Iphan enquanto Temer estiver no poder, não sairemos da luta enquanto houver ameaça aos nossos direitos”, dizia uma nota divulgada naquele dia.
A ocupação em Curitiba foi a primeira das mais de vinte ocupações de resistência à posse do governo Temer e ao anúncio da extinção do Ministério da Cultura (MinC) em prédios federais no país.
Neste domingo, porém, a assembleia diária que fazia parte da rotina do acampamento decidiu acabar com a ocupação.
Isolacionismo político
Segundo nova nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira (20), o grupo “optou por concentrar seus esforços na articulação de novas frentes e na construção de novas ações táticas”.
A nota oficial reconhece que houve um “inevitável isolacionismo espacial e político da ocupação” e como a ocupação não era uma “conquista de terreno”, a maioria deliberou por desmobilizar o protesto. A
No mesmo texto, o movimento avisa que prepara novas ações que “não serão reveladas por questões de segurança”. “Temos certeza que a ampliação da luta é tarefa central e imediata, e por isso sabemos que os demais setores que constroem a ocupação entenderão nossa posição.
Convivência respeitosa
O superintende em exercício do IPHAN no Paraná, José Luiz Lauter, afirma que a ocupação não trouxe problema para os trabalhos realizados pelo Iphan. “Ao contrário do que aconteceu em outros estados, aqui a interlocução foi tranquila. Como eles estava na área externa do espaço, não atrapalhou nosso trabalho e a convivência foi respeitosa em todos os momentos”, disse Lauter.
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