Ocupação do Iphan durou 39 dias:| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O grupo de ativistas ligados ao setor da Cultura que ocupava desde o dia 13 de maio a sede do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) decidiu encerrar a manifestação neste domingo (19).

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No dia 9 de junho, quando a ocupação completava um mês, a promessa dos manifestantes era permanecer “pelo tempo que durasse” o governo interino de Michel Temer (PMDB).

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“Não sairemos do Iphan enquanto Temer estiver no poder, não sairemos da luta enquanto houver ameaça aos nossos direitos”, dizia uma nota divulgada naquele dia.

A ocupação em Curitiba foi a primeira das mais de vinte ocupações de resistência à posse do governo Temer e ao anúncio da extinção do Ministério da Cultura (MinC) em prédios federais no país.

Neste domingo, porém, a assembleia diária que fazia parte da rotina do acampamento decidiu acabar com a ocupação.

Isolacionismo político

Segundo nova nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira (20), o grupo “optou por concentrar seus esforços na articulação de novas frentes e na construção de novas ações táticas”.

A nota oficial reconhece que houve um “inevitável isolacionismo espacial e político da ocupação” e como a ocupação não era uma “conquista de terreno”, a maioria deliberou por desmobilizar o protesto. A

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No mesmo texto, o movimento avisa que prepara novas ações que “não serão reveladas por questões de segurança”. “Temos certeza que a ampliação da luta é tarefa central e imediata, e por isso sabemos que os demais setores que constroem a ocupação entenderão nossa posição.

Convivência respeitosa

O superintende em exercício do IPHAN no Paraná, José Luiz Lauter, afirma que a ocupação não trouxe problema para os trabalhos realizados pelo Iphan. “Ao contrário do que aconteceu em outros estados, aqui a interlocução foi tranquila. Como eles estava na área externa do espaço, não atrapalhou nosso trabalho e a convivência foi respeitosa em todos os momentos”, disse Lauter.