A equipe de transição do novo prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), terá menos de quinze dias para decidir se vai empenhar R$ 900 mil para realizar a 35ª edição da Oficina de Música de Curitiba, marcada para o período de 7 a 29 de janeiro.
O custo total da Oficina de Música está estipulado em R$ 1,7 milhão.
Nesta quarta-feira (14), a Secretaria Municipal de Finanças anunciou o repasse R$ 420 mil para a pré-produção do evento. Em razão de um contrato de gestão, cabe ao Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC) a organização da Oficina. Os valores devem ser creditados ao ICAC na próxima segunda-feira (19).
Segundo Marino Jr., presidente do ICAC, este dinheiro cobre o custo de passagens, alimentação, hospedagem dos convidados e parte da estrutura para a Oficina de Música começar a funcionar.O resto das despesas dependem destes R$ 900 mil que estão previstos no orçamento de 2017.
O ICAC conta com outras receitas como bilheteria e inscrições (cerca de 250 mil em 2016),além de outros de recursos vindos da Lei Rouanet e patrocínios de empresas como Compagás, Itaú e Copel para completar o orçamento da Oficina.
A assessoria do prefeito eleito Greca disse que a equipe de transição recebeu a informação do ICAC, mas ainda espera o depósito do dinheiro e a apresentação final do balanço financeiro da gestão Fruet para decidir se o evento sai ou não. “Se tiver dinheiro, a Oficina sai. Se não tiver, a gente terá pouco tempo para avaliar o que fazer”, disse um assessor de Greca.
No começo de dezembro, Greca chegou a protocolar um ofício junto à prefeitura de Curitiba e à Fundação Cultural de Curitiba (FCC) no qual pedia a suspensão da Oficina de Música, alegando que não há recursos para a realização nas datas estabelecidas.
Orçamento
Para Marino, a depósito do dinheiro para a pré-produção permite olhar com otimismo para a Oficina. “Este aceno da nova gestão é positivo. A gente sabe da dificuldade em fechar as contas e isto faz com que a próxima gestão, que também assume com dificuldades, também se pronuncie”, avalia Marino.
Ele lembra que a dificuldade em bancar a Oficina é recorrente nos últimos anos, mas desta vez há o contrato de gestão entre Prefeitura e o ICAC como diferença.
“Nos dá uma segurança maior. No momento somos credores da Prefeitura e esperamos que o evento se realize, mas entendemos que uma coisa é o contrato, outra é o que está no orçamento e outra o pagamento efetivo que depende do fluxo do caixa municipal”.