Entre os documentos disponíveis no site www.censuramusical.com.br, estão canções que serviram de trilha sonora para os "anos de chumbo", incluindo muitas conhecidas do grande público e composições de artistas populares que tiveram suas obras vetadas.
"Tradição", de Gilberto Gil A censura solicitou a substituição da palavra "barbalho", da primeira estrofe ("Conheci uma garota que era do barbalho"), e a retirada do trecho "certa calça americana arranjada de contrabando", por conterem insinuações supostamente pornográficas e de fundo ideológico.
"Somos o Que Você Quiser", de Zé Rodrix e Paulo Coelho Considerada um atentado à moral e aos bons costumes por sua letra: "Somos o que você quiser/Gente, bicho, homem ou mulher/dê o seu recado/Nada a gente faz porque quer/Nada é escondido/Tudo é Permitido/Gente, bicho, homem ou mulher".
"Os Doze Pares da França", de Toquinho e Belchior A canção foi vetada pelas estrofes finais, "Os doze pares da França/Cavalheiro olê, olá/Vão levar meu coração/Pro outro lado do mar/Pois tá mais fácil viver/Naquelas bandas de lá/Que na terra das palmeiras/Onde canta o sabiá", já que demonstraria uma "mágoa da sua terra natal" por parte dos autores, que tentam "depreciar a pátria onde vivem".
"O Motel", de Odair José O título da música já foi suficiente para que o DCDP vetasse a veiculação. Os versos "No motel/Só eu e você/ Pelo espelho/Vendo acontecer/ Cenas de Amor/Entre eu e você" foram considerados inadequados por exibirem a intimidade de um casal.
"Minha História", de Chico Buarque A versão em português da música italiana foi considerada uma ofensa por abordar a história de Jesus Cristo na forma de uma "paródia grotesca", além de "fazer uso indevido e em vão do nome de Cristo".
"De Leve", de Gilberto Gil e Rita Lee Baseada na música "Get Back", de John Lennon e Paul McCartney, a música foi considerada ofensiva por tratar de forma "maliciosa, vulgar e deseducativa" o tema da homossexualidade. Os censores sugerem uma abordagem "médico-científica" do assunto.
"A Árvore", de Dom e Ravel O trecho "Venha / Vamos penetrar/ Onde?/Num lindo lugar" despertou suspeitas no DCDP, o que levou os autores a escrever uma carta explicando de que se tratava somente de uma homenagem ao reino vegetal.
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