
Jukebox
No show Cada um, Cada um, Olivia Byington mistura canções do novo álbum com hits da sua carreira: "Mãe da Manhã" (Gilberto Gil), "Fotografia" (Tom Jobim) e "Modinha" (Tom Jobim / Vinícius de Morais), "Por Dentro das Canções" (Olivia Byington / Tiago Torres da Silva), "Areias do Leblon" (Olivia Byington / Tiago Torres da Silva), "Alguém Cantando Muito Romântico" (Caetano Veloso), "Lady Jane" (Nando Carneiro / Geraldo Carneiro), "Anjo Vadio" (Olivia Byington / Geraldo Carneiro), "Clarão" (Olivia Byington / Cacaso), "Pense em Mim" (Leandro / Leonardo), "De Que Callada Manera" (Pablo Milanés / Nicolas Guillén), "Feuilles Mortes" (Joseph Kosma / Jacques Prévert), "Todo Par" (Olivia Byington / Tiago Torres da Silva), "Guarda Minha Alma" (Olivia Byington / Tiago Torres da Silva), "Menina Fricote" (Marilia Batisra / Henrique Batista), "Uva de Caminhão" (Assis Valente), "Mais Clara Mais Crua" (Egberto Gismonti / Geraldo Carneiro).
Quando pensou em fazer um show da maneira tradicional, a cantora e compositora carioca Olivia Byington sentiu arrepios. Correr atrás de patrocínios, músicos, projetos e temporada de dois dias em cada lugar, nada disso a interessava. "Hoje em dia querem saber do projeto, ninguém quer saber o que você criou. Então pensei: por que não fazer um show sozinha, como se fosse um monólogo?", conta a cantora em entrevista ao Caderno G.
E assim foi. No show Cada um, Cada um que chega este fim de semana ao palco do Teatro Paiol Olivia, seu laptop e o violão. Nada mais. A apresentação intimista privilegia a elegante voz da cantora, situada em algum lugar entre o lírico e o popular.
"O Paiol é a cara do meu show", afirma a artista, que passou uma temporada de 20 shows no Porão da Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, no Rio de Janeiro, arrancando elogios de público e crítica. No repertório, canções de seus 30 anos de carreira, como o hit "Lady Jane" (leia o repertório completo no quadro), de seu primeiro disco-solo, de 1978, se misturam às músicas do novo álbum, lançado este no Brasil, pela Biscoito Fino.
Totalmente autoral e levando o nome da cantora, o CD traz canções sofisticadas, muitas delas compostas em parceria com o poeta português Tiago Torres da Silva. A deliciosa bossa "Areias do Leblon", primeira faixa do disco, marca presença no show, seguida de "Alguém Cantando Muito Romântico", de Caetano Veloso.
Aliás, foi trabalhando em releituras de composições de Veloso que surgiram os primeiros acordes do CD. "Queria cantar o Caetano da minha maneira, fugindo das marcas das deusas Gal, Bethânia e dele próprio, um superintérprete", conta Olivia, que mostrou as composições para Geraldo Carneiro, com quem compôs "Lady Jane". "Aí o Geraldinho disse: não é melhor você fazer a sua música, voltar a compor de novo? Encontrei o poeta Tiago Torres da Silva e, em pouco tempo, o disco estava quase pronto".
O laptop de Olivia reserva ainda algumas surpresas para o público do show, como a voz de Yves Montand recitando a letra de "Feuilles Mortes"; e a de Seu Jorge que, mesmo de longe, não deixa de fazer uma ponta no show.
* * * * *
Serviço: Cada um, Cada um. Show com a cantora Olivia Byington. Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/n) (41) 3213-1340. Dias 24 e 25 de agosto, às 21 horas; e 26 de agosto, às 20 horas. Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (estudantes, idosos ou levando uma lata de leite em pó).
Deixe sua opinião