Alunos de canto da Embap encenam a ópera-bufa| Foto: Divulgação

Teatro

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Há pelo menos cinco anos Curitiba não vê uma grande produção de ópera. Enquanto os tempos áureos não retornam – existe a perspectiva de o Teatro Guaíra investir em uma produção no ano que vem – o espectador pode aproveitar recitais encenados como La Finta Semplice ("a falsa simples"), que tem sessões hoje e amanhã no Guairinha (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

Nessa entressafra operística, especialistas no canto lírico aproveitam para estimular a formação de plateia, trazendo trabalhos de compositores conhecidos – como é o caso da encenação desta semana, cuja música foi escrita por Mozart (1756-1791) quando ele tinha 12 anos.

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"O que um garoto desses sabe do amor?", brinca o diretor Alex Wolf, que justifica assim a principal dificuldade dessa ópera-bufa e motivo para que seja raramente montada. "Há um problema narrativo, uma trama confusa, que tivemos de adaptar e simplificar", explica o músico.

Para isso, surge a figura de um narrador, que esclarece trechos da história e traz fatos sobre o compositor. A obra foi a primeira aproximação de Mozart da comédia, com libreto escrito por Marco Coltellini (1719-1777).

A trama apresenta namoros em série: Giacinta, Fracasso, Ninetta e Simone (nome masculino no italiano) são jovens apaixonados. Para conseguir autorização de cortejar Giacinta, Fracasso "oferece" ao irmão dela, Don Polidoro, sua própria irmã, Rosina. Disfarçada de camponesa (a "falsa simples"), ela encanta a dupla de irmãos. No desenrolar do imbróglio, surge a figura de um anel que trará muita confusão.

Quem se apresenta cantando são alunos do curso superior de canto da Escola de Belas Artes do Paraná (Embap). O piano é comandado por Jocir Macedo, que divide a direção musical com Josianne dal Pozzo.

O recital está inscrito no projeto Ópera Popular, que já trouxe ao público curitibano, desde 2011, trechos de La Bohème, As Bodas de Fígaro e L’Amico Fritz.

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