Se janeiro é dominado pela Oficina de Música de Curitiba, o que o início do ano reserva para as artes cênicas locais é a conjunção das duas linguagens, na ópera Comedy on the Bridge, encenada nos dias 16 e 17 pelas turmas de Ópera Studio e de Regência, sob a direção de Carlos Harmuch, no Guairinha.
A obra em um ato, de 1937, foi criada pelo compositor checo Bohuslav Martinu e mostra uma ponte sobre um rio, a separar dois exércitos inimigos durante um conflito.
No segundo mês do ano, o Teatro Novelas Curitibanas volta a funcionar, com o Jornal da Guerra contra os Taedos, montagem do diretor Diego Fortes para o livro póstumo de Manoel Carlos Karam. A Armadilha Cia. de Teatro já havia se servido dos escritos do autor em Bolacha Maria Um Punhado de Neve Que Restou da Tempestade. O novo espetáculo cumprirá temporada do dia 12 de fevereiro até 15 de março.
Enquanto isso, o Teatro da Caixa aposta em produções que passaram por Curitiba recentemente. Entre 8 e 11 de janeiro, A Descoberta da Américas faz sua terceira temporada de Curitiba. O monólogo de Dario Fo garantiu ao ator Julio Adrião o prêmio Shell 2005. Já em fevereiro, do dia 13 ao dia 15, o pequeno palco é ocupado por O Natimorto, peça de Lourenço Mutarelli em cartaz durante o último Festival de Curitiba.
RocknRoll
Festival que, em 2009, acontece de 19 a 29 de março. Como de costume, a organização do evento prefere manter em silêncio a programação até muito perto do seu início a não ser quando se trata do Fringe, que já alcançou 400 inscrições e promete nada menos do que o caos habitual, um tanto aumentado.
A única atração confirmada, até o momento, é a estréia do musical RocknRoll, a mais recente peça do dramaturgo checo naturalizado inglês Tom Stoppard que esteve entre os convidados da Festa Literária Internacional de Parati de 2008. RocknRoll estreou em 2006, conquistando a crítica e o público na Broadway e no londrino Royal Court Theatre. O ator Daniel de Oliveira (Cazuza) protagoniza essa versão, dirigida por Felipe Vidal e Tato Consorti, para história de uma banda de rock resistente ao comunismo, entre os anos de 1968 e 1990.
Algumas outras montagens estão cotadas para integrar a programação do FC. As negociações avançam para que a Cia. dos Atores comemore os seus 20 anos apresentando em Curitiba suas Auto-peças, uma série de montagens propostas por cada um dos oito atores do grupo.
Os Satyros devem retornar à Vila Verde para prosseguir com a residência iniciada na última edição. A Companhia Brasileira de Teatro já manifestou interesse em apresentar O Que Eu Quero Dizer, ainda inédito por aqui, e talvez remontar Apenas o Fim do Mundo, durante o festival, assim como a Cia. Luna Lunera (Aqueles Dois), de Belo Horizonte, disse anteriormente, em entrevista à Gazeta do Povo, que tentava trazer seu novo trabalho, Cortiços, inspirado no livro de Aloísio de Azevedo. Nada certo ainda.
Incertas também são as datas para a Cia. Dos à Deux dispor todo seu repertório no Teatro da Caixa, mas a assessoria do espaço já confirma que isso acontecerá. Uma oportunidade e tanto para quem não conhece o excelente trabalho do grupo de teatro gestual formado na França, há uma década, por (quase) dois brasileiros o paulistano André Curti e o angolano Artur Ribeiro, criado no Rio de Janeiro.
Foi uma adaptação de Esperando Godot, de Beckett, em gestos (sem diálogos), que uniu Curti e Ribeiro; seguido por Aux Pieds de La Lettre, em que oscilavam entre a comédia e a tragédia; e por Saudade em Terras dÁgua, sobre uma família migrante. Se alguém estranhar a pouca quantidade de montagens em dez anos de atividade, que o preciosismo do grupo, incansável em cada detalhe e visível em cena pese.
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