A vida da estrela da Playboy Anna Nicole Smith, com seus seios grandes, o casamento com um bilionário do petróleo e o parto ao vivo na TV, chegou aos palcos da ópera em Londres, em uma produção de duas horas leal à tradição lírica.
Assim com as personagens sensuais da ópera Salomé, Lulu e Manon, a musa texana com silicones gigantes e viciada em analgésicos por problemas nas costas, morre pouco antes do fechamento das cortinas, por overdose, aos 39 anos.
É nesse momento que os aplausos do público tomaram conta do teatro lotado da Royal Opera House na noite de estreia da ópera. A produção é do libretista Richard Thomas de "Jerry Springer: The Opera", e do compositor britânico Mark-Anthony Turnage.
O espetáculo incluiu a performance da soprano holandesa Eva-Maria Westbroek, no papel de Anna, que usa seios prostéticos na maior parte do tempo e que é colocada em um saco de cadáver quando as luzes se apagam.
"Nessa ópera, olhamos para Anna como uma fabulosa mulher excêntrica que sofre maus momentos", disse Thomas à Reuters TV antes da estreia na noite de quinta-feira. Foi a primeira de seis apresentações.
Os ingressos para o espetáculo se esgotaram semanas antes e, devido ao tema ousado, foi amplamente discutido no mundo da música de Londres e nos tabloides britânicos, que geralmente se afastam da ópera.
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