No decorrer do mês passado, a reportagem do Caderno G recebeu mais de uma mensagem de leitores, cobrando os rumos do Museu Metropolitano de Arte de Curitiba, MuMA. Criado em 1988 para concentrar a reserva técnica de obras de arte do município, o espaço está visivelmente deteriorado e foi fechado em julho, para desagrado de parte da classe artística e dos freqüentadores. A Fundação Cultural de Curitiba, que administra o local, promete um ambicioso investimento na recuperação do equipamento cultural no decorrer do ano que vem.
O local já recebeu mostras de artistas renomados como Max Ernst, Rodin, Escher, Andy Warhol, Anita Malfati, além de acondicionar o acervo doado por Poty Lazzarotto e obras de artistas como Di Cavalcanti, Djanira, Portinari e Burle Marx, entre outros.
Marcelo Cattani, diretor de marketing da FCC, explica que toda a reserva técnica foi transferida para o terceiro andar do Memorial de Curitiba, situado no Largo da Ordem. "Lá, a nossa equipe técnica está tomando todas a providências para o acondicionamento apropriado desse acervo", garante Cattani.
Quase todas as peças foram digitalizadas e catologadas em um sistema virtual para consulta pública. Mediante a obtenção de um software de computador e uma senha junto à direção de patrimônio da FCC, os pesquisadores e público podem consultar o acervo. "Para o próximo ano, nosso plano é expandir as parcerias com instituições de todo o país para valorizar e integrar o nosso acervo por meio de trocas e empréstimos. Estamos conversando com o Instituto Tomie Othake, Fundação Armnando Álvares Penteado e Itaú Cultural", diz o representante da FCC. Para exposição das obras, a instituição tem buscado espaços alternativos, como o Espaço Cultural BRDE, que abrigou recentemente a mostra Vínculos Contemporâneos, com curadoria de Nilza Procopiak.
Nas últimas semanas, a FCC tem trabalhado no projeto de orçamento para a reforma. Marcelo Cattani estima que perto de R$ 3 milhões serão investidos na revitalização completa do Centro Cultural do Portão, que, além do MuMA, abrigará uma biblioteca, um cinema e um espaço multieventos. O montante de R$ 1,1 milhão já está garantido pelo Fundo de Desenvolvimento Urbano do governo do Paraná.
O projeto de revitalização elaborado pelo Ippuc prevê atuações em todos os níveis de infra-estrutura física. A FCC, por sua vez, pretende fortalecer a agenda cultural quando o espaço for reaberto. "Achamos que lá existe um grande potencial de público, porque é o único equipamento cultural localizado no sul da cidade e conta com fácil acesso de transporte público", afirma o diretor. O terminal de ônibus do Portão se situa em frente ao Centro Cultural do Portão, na Avenida República Argentina, 3.430.
"O novo salão de multieventos será um espaço modular que poderá abrigar uma grande variedade de eventos diferentes. Além disso, a biblioteca terá ponto de acesso à internet", garante Catanni. A sala do Cine Guarani, fechada desde 2000, será reaberta e terá compatibilidade com projeção digital. As obras devem começar em poucos meses.
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