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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

O TIM Festival teve em São Paulo, no domingo (28), sua maior platéia, cerca de 30 mil pessoas, no Anhembi. Mais uma vez a islandesa Björk exibiu seu espetáculo grandioso, com o qual já rodou os eventos similares na Europa e nos EUA. Sozinha, a cantora já justificaria a quinta edição do festival brasileiro, que prossegue até quarta-feira (31), quando desembarca na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. No ano que vem, a organizadora do evento Monica Gardenberg, disse que pode trazer Radiohead ao país.

Na última noite paulistana Björk precedeu a Arctic Monkeys e The Killers (que chegou com 3 horas de atraso), justamente os artistas que com tem dividido as escalações dos principais festivais internacionais.

A simpática Juliette Lewis, que não conseguiu em SP a mesma resposta que obtivera na noite anterior, a última do evento no Rio de Janeiro, voltou a declarar seu encatamento por ter conseguido chegar ao Brasil com sua jovem banda. O Arctic Monkeys, filhos do MySpace, por sua vez, fizeram um show melhor do que o da Marina, provando sua vocação para palcos e platéias gigantescos. Se no Rio a banda britânica soou apenas como uma promessa, em SP, fez um show de incendiar a multidão. No repertório, emoldurado pela simples e linda iluminação que trouxe para o Brasil, o grupo mostrou a quase totalidade de seus dois discos. O grande público adolescente também acolheu bem o The Killers, prejudicados pela entrada no palco às 4h de um domingo.Terceira atração da noite, após Spunk Rock e Hot Chip (que amargou uma queda de energia no palco a duas músicas do final, o que provocou um grande atraso na noite ), Björk entrou de coroa na cabeça e um vestido de arco-íris, logo após suas 10 instrumentistas de sopro, que formam a Wonder Brass, anunciarem a chegada da diva nada óbvia. A partir de então, cantora dançou de forma infantil e soltou a voz irresistível, enquanto sua banda - além dos metais, um percussionista e dois produtores de sons digitais alucinantes - dinamitava novidades que tomam de assalto os tímpanos. Com Björk, vence a arte. Pouco se sabe de sua vida pessoal, gravadoras não reclamam de pirataria envolvendo seu nome e ela, por sua vez, ignora grande parte da mídia tradicional. E, assim, se dedica a ser, há anos, uma das mais criativas mulheres de nosso tempo. (Saiba como foi o show de Björk no Rio de Janeiro)É impossível não se sentir parte da caçada do dia-a-dia quando se ouve "Hunter". Ou, ainda, não ficar vidrado quando ela ataca o hino "Army of me", enquanto raios laser picotam o palco em figuras geométricas. É um espetáculo fabuloso, em que a música abre mão de todos os clichês. A dado momento, as gatinhas dos metais sopram notas dissonantes e um dos músicos processa sons em uma tela digital redonda, enquanto Björk, cercada por sua louca orquestra faz o público atento a seu trabalho levitar. No final, após tocar "Declare independence", ela agradece e deixa no ar a sensação de que, para os artistas mais jovens que viriam depois, fazer um espetáculo como o da turnê do disco "Volta"(2007) é coisa para daqui a uns dez anos. E, para isso, Juliette, Monkeys e Killers terão que surpreender tanto quanto a islandesa, em sua terceira passagem pelo Brasil, surpreendeu nas últimas duas décadas.

Os curitibanos vão ter a oportunidade de conferir a performance de Björk, Hot Chip, Arctic Monkeys e The Killers. Ainda há ingressos à venda nas Livrarias Curitiba e Fnac, e no local, na quarta-feira (31).

Confira a programação de shows no Guias e Roteiros

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