A organização da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba começou o ano de 2016 correndo atrás de parceiros e patrocinadores.
Para finalizar o evento bienal, marcado para a primeira semana de setembro, a Gibicon precisa captar os R$ 800 mil que tem direito pela Lei de Incentivo à Cultura.
Ou pelo menos 40% deste montante, um pouco mais de R$ 320 mil. Este é o valor mínimo para garantir a organização do evento.
Por conta um atraso na aprovação no projeto no final do ano passado, a Gibicon não conseguiu incluir o projeto no orçamento anual de empresas potencialmente apoiadores na virada do ano.
Assim, a organização começa o ano de 2016 mais ambiciosa do que nunca querendo superar o evento anterior, mas com menos recursos captados do que das outras edições.
Segundo o diretor geral da Gibicon, Fabrizio Andriani há “sempre o risco de um evento deste tamanho não sair” especialmente em um ano em que a palavra crise é a mais falada no meio empresarial, mas ele não trabalha com esta hipótese.
“Talvez não fique do tamanho que a gente gostaria, mas tenho certeza que vamos conseguir fazer e bem”, garante.
A terceira edição em 2014, com a presença de David Lloyd e do coreano Kim Jung Gi atraiu mais de 20 mil pessoas ao Muma e tornou o a Gibicon o segundo maior evento do gênero no país, atrás apenas do Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte.
Andriani conta que não tenha conseguido a fatia mais importante de patrocínio, a Gibicon já fez contatos com nomes de peso como o escultor argentino Martin Canale, talvez o nome mais importante na América do Sul na arte do “action figure” e o desenhista russo Otto Schimidt, famoso por seus desenhos de personagens femininos.
Há ainda uma “grande possiblidade“ de trazer o desenhista Dave Gibbons da série “Watchmen” e outros nomes importantes de áreas como cinema e tevê , mas tudo depende da conformação da captação dos recursos.
“O trabalho da Gibicon já transcendeu o publico de quadrinhos. Os dois primeiro s eventos e em especial o de 2014 teve bastante visibilidade”, analisa Andriani. “Tenho certeza que os empresários vão esticar os olhos para nosso projeto que teve bastante retorno de um público muito diversificado”, disse.
Segundo o diretor geral o evento em 2016 vai manter a estrutura em um local único, O Muma, e vai programar palestras, debates, oficinas e exposições de autores nacionais e internacionais do universo HQ.
Serão ampliada as ações em escolas públicas do município de Curitiba, atividades artísticas musicais, espetáculos de teatro, rodas de leitura e contação de histórias, mostra de filmes, feira literária e gastronômica, sessão de autógrafos, grafiti, recreação e cosplay.
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