Os organizadores do Oscar informaram que ainda não decidiram como designar um filme sobre dois homens-bomba da Cisjordânia, mas negaram que estejam sendo pressionados por Israel a dizerem que se trata de uma obra "da Autoridade Palestina" e não "da Palestina".
John Pavlik, porta-voz da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, disse que ainda não há uma resolução sobre como qualificar "Paradise Now", embora faltem menos de três semanas para a cerimônia de entrega do Oscar, no dia 5.
Mas ele garantiu que nem o governo israelense nem grupos judaicos americanos entraram em contato formal com a Academia para discutir a referência a "Paradise Now", um dos cinco indicados ao prêmio de melhor filme estrangeiro.
A questão sobre a designação do filme tem irritado o governo israelense e grupos judeus dos EUA que argumentam que, como não existe um Estado palestino, a designação "Palestina" não existe.
Um diplomata israelense disse no domingo à Reuters em Jerusalém que Israel e os grupos judaicos dos EUA estão tentando convencer a Academia a não apresentar "Paradise Now" como sendo "da Palestina".
Pavlik disse que a Academia não recebeu nenhuma comunicação nesse sentido por parte do governo de Israel, do consulado do país em Los Angeles nem dos grupos judaicos locais.
- Alguns indivíduos discutiram a questão com o presidente da Academia - afirmou.
Quando os indicados ao Oscar foram anunciados em 31 de janeiro, o filme foi descrito como tendo sido enviado pela Autoridade Palestina, mas ele aparece como vindo da Palestina no site da Academia na internet.
O diplomata israelense disse esperar que o filme seja descrito como "da Autoridade Palestina" durante a cerimônia de entrega do prêmio.
- Tanto o consulado israelense em Los Angeles e vários outros grupos judeus argumentaram que ninguém, nem mesmo os próprios palestinos, declaram a criação formal da 'Palestina' ainda, e por isso a descrição seriaimprecisa - disse o diplomata à Reuters sob condição de anonimato.
Os palestinos, que buscam a criação de um Estado independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, conseguiram uma semi-autonomia graças a acordos interinos que formaram a Autoridade Palestina.
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