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Superunknown
Soundgarden. Universal Music. R$ 39,90 (edição Deluxe). U$ 29,99, no iTunes (Super Deluxe).
Nascido em 1984 no mesmo cenário que gerou bandas como Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains, o Soundgarden foi uma das primeiras da mítica cena alternativa de Seattle a entrar no circuito da grande indústria. Mas foi só em 1994, quando lançou seu quarto álbum, que o grupo alcançou de fato o mainstream já liderado pelo grunge, chegando ao topo da Billboard.
Marco desta expansão da banda em direção a novos públicos, o disco Superunknown está sendo relembrado em turnê e com reedição comemorativa pelo grupo, reativado por Chris Cornell (vocal e guitarra), Kim Thayil (guitarra), Matt Cameron (bateria) e Ben Shepherd (baixo) em 2010, depois da dissolução que se seguiu à turnê do disco posterior, Down on the Upside, em 1997. A banda se apresentou pela primeira vez no Brasil durante o festival Lollapalooza, em abril deste ano, e colocou canções como "Fell on Black Days" e "The Day I Tried to Live" na linha de frente.
Nos Estados Unidos, Superunknown ganhou uma edição Super Deluxe, com quatro discos e um Blu-ray de áudio que contêm, além do disco original remasterizado, dezenas de versões de ensaios, lados B, demos e gravações que não entraram na versão original.
Uma versão "Deluxe" chegou recentemente ao Brasil, reunindo dois CDs um para o álbum remasterizado e um para o material extra, em que há faixas interessantes como "Black Days III" e "Jerry Garcias Finger", lado b do single "Pretty Noose", de 1996.
O CD traz versões com diferenças relevantes, como a demo de "Half", com parte instrumental não incluída no álbum. As faixas de ensaios são uma chance para fãs atentos olharem com mais minúcia para o trabalho da banda. A reedição, no entanto, importa mais pelo resgate de um disco emblemático dos anos 1990 que, tocado nos dias de hoje, mostra que resistiu bem ao tempo e continua ressoando como um álbum potente.
O trabalho é visto como um ápice de maturação do som do Soundgarden, que já estava junto há dez anos, com aceitação nas cenas do punk e do metal.
Faixas melódicas e bem-resolvidas como "Black Hole Sun" ajudaram a banda a se comunicar com um público mais amplo uma necessidade para os artistas sob o guarda-chuva do grunge de Seattle quando a cena se tornou conhecida, conforme afirma Kim Thayil no disco de comentários da versão Super Deluxe.
"É mais fácil [se comunicar com o público] quando a plateia é composta por pessoas como você, seus amigos, seus camaradas", diz o guitarrista. "Em outras palavras, era realmente fácil nos anos 1980 e no começo dos anos 1990. Depois de 1991, 1992, quando explodiu a coisa de Seattle, ficou um pouco mais difícil, porque você tinha que tentar falar com gente que era como um alienígena do ponto de vista da sua cena ou subcultura."
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