Entre peças com atores consagrados na televisão e montagens amadoras, produções caras e espetáculos de rua, além de uma ampla programação paralela, que incluiu música, literatura, cinema, gastronomia, exposição e baladas, a 22.ª edição do Festival de Teatro de Curitiba terminou ontem, entre erros e acertos, com saldo positivo.
Formação de plateia, mobilização da classe artística e ocupação dos espaços culturais não tradicionais foram alguns dos objetivos declarados da organização do festival que foram atingidos.
Entre esses palcos e suas plateias, algumas "figuras" ganharam destaque, seja por posturas polêmicas, ousadias ou pela iniciativa de fazer o teatro chegar a quem tem pouca intimidade com a área. Quem suscitou a maior polêmica foi o grupo catarinense Erro, de Florianópolis, cujo o espetáculo Hasard virou caso de policia.
A peça, que dava ao público a chance de decidir o desfecho do enredo, incluía no "cardápio" ousados 30 segundos de nudez do elenco no final do espetáculo, encenado em plena Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba, e chegou a ser interrompida pela Polícia Militar.
Não foram, porém, só os "pelados" que "causaram" no festival. A Gazeta do Povo mostra quatro personagens que também movimentaram o jogo na boca de cena ou nos bastidores do evento.
Seja chocando com autoflagelação, como o ator Stéfano Belo, ou intrigando o público, como o ator mascarado Vitor Hugo. Redistribuindo a renda, como o Movimento dos Sem Ingresso ou simplesmente estreando nas cadeiras do festival, como o estudante Matheus Santana. Pois o Festival de Curitiba é feito, essencialmente, de pessoas que amam o teatro.
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