Da casa 1 (foto 1)
Cristovão Tezza termina a década como o mais premiado escritor brasileiro. O romance O Filho Eterno abocanhou os principais prêmios literários ano passado, e começa a ser traduzido em outros idiomas.
Da casa 2
Se na década de 1990 Miguel Sanches Neto firma-se como crítico literário, a partir de 2000, com a publicação do romance Chove Sobre Minha Infância, ele passa a ser identificado como escritor. Desde então, publicou livro de contos, outros romances e organizou coletâneas.
Flip
A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), em 2003, transforma o cenário de eventos de literatura no Brasil. Diferentemente das bienais, marcadas por visitação escolar e atrações pouco relevantes, a Flip consolida-se por promover bate-papos com autores importantes em uma linda cidade do litoral fluminense.
Prêmios
Dois prêmios literários estimulam os autores brasileiros. O Portugal Telecom, criado em 2003, passou a oferecer R$ 100 mil por ano ao "melhor livro". Desde 2008, o Prêmio São Paulo concede R$ 200 mil a um autor consagrado e outros R$ 200 mil a um estreante.
Consagrado (foto 2)
Apesar de ter estreado em 1989, com Relato de um Certo Oriente, Milton Hatoum consolida-se como um importante autor durante os últimos dez anos. Os romances Dois Irmãos (2000) e Cinzas do Norte (2005) são premiados como melhor romance pela Câmara Brasileira do Livro.
Sampa
Além de Hatoum, outro autor que se consagrou durante a última década foi o paulista Bernardo Carvalho. Ele estreou em 1993, com Aberração, mas se firmou com Mongólia (2003), que recebeu o Prêmio APCA e o Jabuti. O romance Nove Noites (2002) abocanhou o Portugal Telecom de Literatura Brasileira.
Nobel
Algo semelhante acontece com o turco Orhan Pamuk, de Neve e Meu Nome É Vermelho. Ele vence o Prêmio Nobel de Literatura em 2006 e vê sua obra ganhar a atenção internacional.
Mestre (foto 3)
Antes de Pamuk, outro autor que aproveita o Nobel para se tornar algo como um astro das letras é o sul-africano J.M. Coetzee, de livro como Desonra, Homem Lento e Diário de um Ano Ruim.
Centenários
Duas efemérides, os cem anos da perda de Machado de Assis, em 2008, e o centeário do assassinato de Euclides da Cunha, este ano, tiveram muitos desdobramentos. Os dois fatos viabilizam a publicação de livros (tanto reedição de clássicos dos dois escritores como obras críticas), a realização de eventos em que houve discussão e releitura das obras dos autores.
Best seller
Se for possível dizer apenas um escritor que tenha tomado a década de assalto, este seria o norte-americano Dan Brown, de 45 anos. Com O Código Da Vinci, publicado nos Estados Unidos em 2003, Brown criou um suspense com referências histórias e polêmica religiosa. O Símbolo Perdido (2009), sucessor de O Código Da Vinci, quebrou recordes de venda referentes a livros adultos nos Estados Unidos mais de um milhão na primeira semana.
Afegão
No mesmo ano de O Código Da Vinci, Khaled Hosseini pega o embalo do interesse global no Oriente Médio e emplaca O Caçador de Pipas, sobre a amizade entre dois garotos.
Jornal das letras
Na década em que surgiram e desapareceram veículos dedicados à litetura, como a revista EntreLivros, o jornal Rascunho, com circulação, editado em Curitiba pelo jornalista Rogério Pereira, firmou-se como um dos mais importantes suplementos do país, com espaço para resenhas e inéditos.
Vampiros
É possível que os leitores de Rowling, ao crescerem, tenham sido fisgados pela febre vampiresca que tomou conta do mercado. O símbolo dessa onda global é a saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer.
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