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Gilberto Gawronski recebeu o convite da direção do Festival de Curitiba para estrear uma peça na Mostra Contemporânea, da qual participou ano passado dirigindo Medida por Medida, de William Shakespeare. Aceitou de bom grado e aproveitou para satisfazer o desejo antigo de montar três peças da dramaturga gaúcha Vera Karam (1959-2003), sua "amiga da vida inteira", com quem começou a fazer teatro amador em Porto Alegre.

Textos curtos se somam no espetáculo Dona Otília e Outras Histórias, cuja primeira apresentação acontece dia 19 de março, no Teatro Paiol. "Dona Otília Lamenta Muito", "A Florista e o Visitante" e "Dá Licença por Favor", costurados por trechos do inacabado "Será o Contrário a Vida da Atriz", revelando bastidores teatrais.

O diretor obedece à busca pela sofisticação na simplicidade, propondo um exercício teatral em que o público tenha contato com gêneros distintos. "A Vera tem uma delicadeza no escrever que intercala o tempo inteiro as máscaras da comédia e do drama", diz. Também o teatro do absurdo tem seu espaço.

Repete-se na montagem a parceria com Guida Vianna já vista no monólogo A Mulher Desiludida, apresentado no festival há quatro anos. Além da atriz, dois ex-alunos dela no Tablado, Alcemar Vieira (de Medida por Medida) e Dani Barros (indicada ao Prêmio Shell 2007 por Acqua Toffana), estão no elenco. Embora escrita por uma mulher e centrada em personagens femininas, Gawronski ressalta que não é a condição feminina que ganha a cena. "Procurei falar da condição humana". (LR)

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