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Serviço

• Ingressos para os espetáculos do 16.º Festival de Teatro de Curitiba estão à venda na Bilheteria Central, no Shopping Omar (entradas pela Av. Vicente Machado, 285, e pela Rua Comedador Araújo, 268), de segunda-feira a sábado, das 10 às 20 horas; e domingo, das 14 às 20 horas, pelo site www.ingressorapido.com.br, ou pelo telefone (41) 4063-6290, de segunda a sábado, das 9 às 22 horas, e domingos e feriados, das 11 às 19 horas.

• Os bilhetes custam R$ 26, para a Mostra Oficial; de entrada franca a R$ 24 para o Fringe; e R$ 20, para o Risorama. A meia-entrada é válida para estudantes, idosos, associados do SATED, clientes Itaú (até quatro ingressos para a Mostra Oficial), portadores do cartão Petrobrás e funcionários da empresa (até quatro ingressos), mediante apresentação de documentos.

• Mais informações podem ser obtidas no site www.festivaldeteatro.com.br, na seção Bilheteria.

É muita opção. Diante de um total de 186 espetáculos trazidos pelo Fringe, mostra paralela do Festival de Teatro de Curitiba, que tem início na próxima quinta-feira (22), fica difícil escolher o que assistir. No domingo passado, o Caderno G ofereceu um panorama que destacava algumas peças locais do Fringe. Agora, é a vez de falar dos hóspedes, as peças de outras cidades do país que serão apresentadas.

Para selecionar as montagens que participam desta edição, uma comissão analisou vídeos e projetos enviados. A maioria das montagens é local, mas Rio de Janeiro e São Paulo também abocanharam parcelas significativas da mostra, seguidos por Santa Catarina. Os outros estados participantes são Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. "Ainda é cedo para definir qual é a cara desta edição do Fringe. Mas, é possível adiantar que há um número grande de comédias", conta o coordenador da mostra paralela, Thiago Daher.

"Vamosh rirrrrrr!"

Se a comédia é o forte desta edição do Fringe, renda-se a ela! Dois grupos formam os "monólogos cariocas". O Monólogo da Puta no Manicômio, da Companhia Thosca de Teatro, é um humor do tipo "destruição". Basta ler a sinopse do espetáculo, uma adaptação de Dario Fo e Franca Rame, para entender o porquê: uma prostituta (Mirian Meee), presa em um manicômio judiciário por ter ateado fogo no escritório de um industrial, conta sua vida.

O outro monólogo tem título saboroso: A Sobrancelha É o Bigode do Olho – Uma Conferência do Barão de Itararé. O ator Marcio Vito (que também participa da minissérie Amazônia) interpreta Apparício Torely, o Barão de Itararé, e lança pérolas de humor ácido ao explanar sobre o otimismo.

Não se pode dizer que o FTC seja internacional, embora sempre traga uma ou outra companhia de fora. Este ano, serão duas: a Cus Cus Circo, formada por um homem só, o mexicano Daniel Quesadas, que realiza apresentações circenses na Praça Osório; e a romana Groucho Teatro, que faz uma releitura do clássico Prometeu Acorrentado, de Ésquilo, encenada em grego antigo e português. A peça, Prometeu Acorrentado – Sob a Cinza Há Sempre Uma Chama, tem influência da dança dos Orixás.

Boas companhias

Entre os grupos que vem se destacando no cenário teatral brasileiro, está o coletivo recifense Angu de Teatro, que traz a Curitiba duas montagens. O espetáculo multimídia Angu de Sangue leva para o palco dez histórias interligadas sem nenhuma adaptação para o palco, reunidas no livro homônimo do escritor pernambucano Marcelino Freire. Entre uma história e outra haverá projeções de vídeo e música que reforçam a temática – a realidade de solidão, desigualdade social, preconceito e descaso enfrentado pelos habitantes das grandes cidades.

O elenco conta com a atriz Hermila Guedes, protagonista do filme O Céu de Suely, de Karim Aïnouz, que por sua atuação recebeu os prêmios de melhor atriz do Festival do Rio de 2006, da Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA e do 28º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, entre outros. A atriz também marca presença na Mostra Oficial, atuando em As Três Viúvas de Arthur, da companhia recifense O Aprendiz Encena.

Ópera, o outro espetáculo do grupo, traça uma radiografia das diferenças que formam a identidade brasileira e, ao mesmo tempo, investiga as possibilidades de cruzamento estético entre o homoerotismo e o teatro. A montagem é uma adaptação do texto do autor e dramaturgo pernambucano Newton Moreno.

A discussão sobre o homossexualismo também tem tratamento bem-humorado na tragicomédia carioca Lábios do Preconceito, em que uma mulher casada fica atraída por sua melhor amiga, mas mantém o casamento por conta da família.

Shakespeare

O Teatro Fúria, de Cuiabá, tem recebido elogios da crítica por suas produções, com destaque para a primeira peça da companhia, Nepal, que percorre o país desde 1995. Na trama, os últimos habitantes da Terra se encontram no Nepal e, condenados à morte, precisam reinventar um novo sentido para a vida. Além desta peça, o grupo traz o espetáculo Encaixotando Shakespeare, em que os personagens do escritor se revoltam contra os finais trágicos, e Frederica – A Verdade Maior Que o Corpo, de atmosfera esquizofrênica obtida após dois meses de pesquisas em hospitais psiquiátricos, diálogos informais com pacientes, familiares e médicos.

Minas Gerais traz ótimos representantes do teatro mineiro. Entre eles, grupos reunidos no coletivo Minas Encena, que apresentam as comédias Meu Tio É Tia e O Conto do Vigário.

A companhia belorizontina Experimentos Teatrais traz uma adaptação de Shakespeare – a comédia romântica Trabalhos de Amor Perdidos. O bardo inglês também ganha uma adaptação para as ruas, pelo grupo Farsacena Cia Teatral: Sonho de Uma Noite de Verão será apresentado ao público que passar pela Rua XV, em frente ao Edifício Central da UFPR.

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