Os novos olhares de Eliane Prolik

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Continuando a sua pesquisa que envolve elementos geométricos, o espaço urbano e o cotidiano, a artista plástica curitibana Eliane Prolik inaugura amanhã, na SIM Galeria, a mostra Eliane Prolik: Mira e Múltiplos, uma reunião inédita dos seus trabalhos mais recentes – a última vez que a artista expôs individualmente na galeria foi em 2011. A vernissage é aberta ao público, e a entrada é gratuita.

O visitante poderá ver uma série de 25 esculturas realizadas por Eliane entre 2013 e 2014. Intitulada Mira, a obra foi apresentada em setembro pela SIM (que representa a artista) na ArtRio 2014, atualmente, uma das feiras mais importantes do mundo na área de arte contemporânea. "Esse trabalho tem uma relação com o olhar, por isso o título. E traz um aspecto reflexivo", explica a artista.

Uma das obras, aliás, ficou no Rio de Janeiro: O Museu de Arte do Rio (MAR) adquiriu uma escultura na feira. "Foi algo super bacana. É uma obra inédita e já houve o interesse do museu", comemora. Fora as esculturas, a nova mostra na galeria traz dois múltiplos (edição de um determinado trabalho). "É a primeira vez que faço [múltiplos], e produzi especialmente para essa mostra. É um trabalho que pertence a uma poética à qual venho me dedicando, de passagem e atravessamento", fala Eliane.

Fluxos

A poética, além do uso do metal nos trabalhos de Mira e Múltiplos, segue a ideia dos diálogos urbanos, das redes que nos conectam e do fluxo pela cidade, conceito que está exposto também, paralelamente à galeria, no Museu Oscar Niemeyer (MON). Em agosto, Eliane inaugurou Da Matéria do Mundo no museu – foi a primeira vez que ela ganhou uma mostra única no local (em cartaz até o dia 16).

No MON, além de uma instalação em grandes dimensões, feita de eletrocalhas (material usado na distribuição da rede elétrica), projeto iniciado em 2012 com uma mostra do Museu Municipal de Arte (MUMA), há também obras recentes da artista: Tapumes, de 2013, uma escultura que cria uma espécie de labirinto para o espectador; e Brises (2014), uma instalação suspensa, em que Eliane procurou discutir a evidência do tempo.

Pensando na continuidade dessa "conversa" com o público, Mira e Múltiplos trará também, na vitrine externa da SIM, uma instalação que poderá ser vista por quem passa em frente ao espaço. "Meu trabalho tem essa característica de inserir vários elementos no processo de criação. Então, me interessa essa relação da vitrine com o urbano e a paisagem, de expor nessa área mais aberta para a própria cidade", ressalta Eliane.