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O livro Palco Iluminado: 10 anos da História do Festival de Teatro de Curitiba é o resultado da tese de mestrado defendida pelo professor Geraldo de Almeida. Publicada em 2005, a obra é baseada em registros e documentos da época, e se tornou um dos principais retratos da primeira década de atividades do festival.

"Levei muito tempo para escrever o livro. Na época, boa parte dos arquivos dos jornais não estava na internet. Utilizei os arquivos da biblioteca pública e o material enviado pelas companhias. Sou um pesquisador e conto a história através destes registros. Recolho os resultados publicados por institutos de pesquisas, jornais, resenhas, fotos e vídeos", diz Almeida.

O segundo volume fala sobre as duas últimas décadas e já está finalizado, com lançamento marcado para o próximo ano. O enfoque desta vez é o lado estético do evento, "é um livro de arte, com a pesquisa voltada para os textos, autores, figurinos, luz, som e outros elementos marcantes nestes vinte anos", diz o professor em entrevista à Gazeta do Povo.

Olhar crítico

O envolvimento inicial de Almeida com os palcos era amador, como ator, diretor e bailarino. Tudo mudou quando dedicou sua tese de mestrado em literatura para o Festival. No primeiro momento, a academia desqualificou seu tema e ressaltou o tom comercial do FC. "Primeiro eu avaliei que todas as peças de Shakespeare já tinham passado pela programação. Assim como os grandes nomes da literatura brasileira estão lá. Consegui convencer a academia e a editora da universidade, por onde foi publicado meu livro", afirma. E, sobre as acusações de "comercial", ele lembra que "foi uma tentativa de mostrar para a academia, público consumidor e crítica, que era um evento substancial, porque era um negócio bem administrado", conclui.

Porém, como em toda pesquisa científica, Palco Iluminado também apresenta um olhar crítico sobre o evento, principalmente na questão social. "O Festival deveria ir até a área metropolitana e melhorar a mostra infantil. Trabalhar a formação de plateia da classe C e formar crianças como possíveis consumidores teatrais", arremata Almeida.

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