A imagem consolidada da rainha Vitória (1819 1901) é a de uma matrona grave, rígida em seus valores. Ao ponto de ter dado nome a uma era de austeridade e conservadorismo na sociedade britânica de seu tempo.
Ao mesmo tempo, ela foi protagonista de um dos raros episódios de casamento arranjado que desembocou em verdadeira paixão e companheirismo. É a história de seu romance com Albert, um príncipel alemão, que A Jovem Rainha Vitória, que estreia hoje em Curitiba, pretende contar.
O sonho de ser princesa, muito comum entre meninas e adolescentes, transformou-se em obrigação, em dever, para Alexandrina Vitória Regina. Última de sua linhagem real, ela cresceu cercada de cuidados que visavam à sua proteção. Para se ter uma ideia, nem mesmo descer escadas sozinha ela podia. Essas normas rígidas também a impediam de dormir só em seu quarto ou mesmo de sair do Palácio Kensington, em Londres, onde morava a mãe e uma enorme criadagem.
Trono
Com a morte prematura do tio, o rei Guilherme IV, em 1837, Vitória chegou ao trono com apenas 18 anos. Centro das atenções em uma das nações mais poderosas do planeta, a jovem rainha, vivida com brilho pela inglesa Emily Blunt (a hilariante secretária de Meryl Streep em O Diabo Veste Prada), é obrigada a amadurecer. E também a se casar. Apesar do assédio do poderoso político lorde Melbourne (Paul Bettany), o escolhido é o príncipe alemão Albert de Saxe-Coburg (Rupert Friend), com quem descobre uma inesperada afinidade.
A trama do competente filme do franco-canadense Jean-Marc Vallée mostra em detalhes esse processo de transformação de uma menina superprotegida em mulher com muitas responsabilidades e os bastidores de uma corte marcada por intrigas palacianas.
A bela reconstituição de época, que deu a Sandy Powell o Oscar de melhor figurino, e o sensível e inteligente roteiro de Julian Fellowes, fazem de A Jovem Rainha Vitória uma agradável surpresa. É ao mesmo tempo um suntuoso (e sério) filme histórico e um tocante caso de amor.
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