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O premiadíssimo romancista manauara Milton Hatoum revelará sua verve de contista com A Cidade Ilhada
Se janeiro foi árido, praticamente nulo em lançamentos de livros de autores brasileiros, a situação começa a se modificar a partir de agora. Ainda em fevereiro, estará nas livrarias de todo o país o primeiro livro de contos de Milton Hatoum. A Cidade Ilhada sai com 10 mil exemplares e desde já anuncia-se como candidato a "livro do ano", uma vez que o autor amazonense é um dos mais laureados do país, por seus romances Retrato de um Certo Oriente, Dois Irmãos e Cinzas do Norte: já abocanhou os prêmios Jabuti, APCA, Bravo! e Portugal Telecom.
A assessoria de imprensa da Companhia das Letras, que edita Hatoum, ainda não liberou os originais do livro para a imprensa, e apenas informa que, nestes contos breves, "Milton Hatoum lança seus personagens num vaivém incessante e vertiginoso, vivido ou apenas imaginado, entre Paris e Bangcoc, Barcelona e Berkeley, em meio a desencontros, exílios, fantasmas da família e da província."
Durante o mês de março, a aposta da editora será em dois romances inéditos: um é do cultuado Bernardo Carvalho (O Filho da Mãe). O outro, de Chico Buarque, ainda não tem título. A empresa não se pronuncia a respeito do conteúdo das duas obras, seguramente, muito aguardadas pela crítica e pelo público leitor.
As águas de março
A promessa de movimentação no mercado editorial, para quando o Carnaval se for, tem em Coração Andarilho, o livro de memórias de Nélida Piñon, um elemento mobilizador. A editora Record, detendora dos diretos da produção da integrante da Academia Brasileira de Letras, acredita que o dia 6 de março (provável lançamento do livro) será uma data memorável no calendário da literatura brasileira, uma vez que Nélida tem respaldo da crítica, ressonância junto ao público e reconhecimento internacional.
Ainda durante o mês de março, a Nova Fronteira promove o lançamento do romance Elza, a Garota, do jornalista, blogueiro e escritor Sérgio Rodrigues uma longa narrativa ficcional, que dialoga com a realidade: o ponto de partida é a relação de uma menina que foi amante de um dos cabeças do Partido Comunista Brasileiro (PCB) durante a década de 1930. A editora, que publica a poesia de Manuel Bandeira, prepara novos lançamentos do autor o homenageado deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece de 1 a 5 de julho.
A Flip também estimula a Cosac Naify, que tem um projeto de editar toda a prosa de Bandeira. O selo, que já lançou Crônicas da Província do Brasil e Crônicas Inéditas I, deve publicar mais textos inéditos do autor. Antes do primeiro trimestre acabar, a Cosac terá lançado A Princesinha Medrosa, de Odilon Moraes, autor com imensa presença entre o público infanto-juvenil.
