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Alejandro González Iñárritu, diretor de Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância). | Divulgação
Alejandro González Iñárritu, diretor de Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância).| Foto: Divulgação

O sorriso de Alejandro González Iñárritu na sessão de fotos após a premiação do Oscar é um retrato do que foi a cerimônia de domingo à noite. Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância), do cineasta mexicano, levou quatro estatuetas – filme, diretor, roteiro original e fotografia – e confirmou o favoritismo apontado por analistas da indústria do cinema americano.

O Grande Hotel Budapeste, defendido por críticos e cinéfilos menos preocupados com a indústria, também levou quatro prêmios, todos justos: maquiagem, figurino, direção de arte e trilha sonora.

A cerimônia se desenrolou sem sobressaltos, com velocidade de cruzeiro. Os números musicais foram bons e um deles, a apresentação de “Glory”, por Common e John Legend, levou às lágrimas várias pessoas na plateia. Ela acabou levando o Oscar de canção e foi o único prêmio do filme Selma, sobre a marcha de direitos civis organizada por Martin Luther King Jr.

Discurso de Patricia Arquette foi o ponto alto

Ao longo de toda a cerimônia do Oscar no último domingo, vários discursos foram permeados por um tom político. O melhor deles, porém, foi o da atriz Patricia Arquette, vencedora da estatueta de melhor atriz coadjuvante por Boyhood. Ela falou de um tema caro hoje – a igualdade de gênero – problema do qual nem Hollywood escapa: a diferença de salário

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Um momento marcante da noite foi a escolha de Patricia Arquette na categoria de atriz coadjuvante. Ela fez o papel da mãe do menino Mason em Boyhood – Da Infância à Juventude. Patricia subiu ao palco e deu um discurso defendendo a igualdade salarial para mulheres na indústria do cinema – e foi festejada com entusiasmo por Meryl Streep e pela maioria das pessoas no Dolby Theatre, em Los Angeles. (Leia opinião nesta página.)

Apontado como um dos melhores filmes do ano e favorito em algumas das categorias que disputou, Boyhood, de Richard Linklater, levou a maior invertida do 87.º Oscar e não abocanhou nenhum outro prêmio além do dado a Patricia Arquette.

Eddie Redmayne, o Stephen Hawkings de A Teoria de Tudo, venceu na categoria de ator e Julianne Moore foi a melhor atriz, pelo papel de uma mulher que sofre Alzheimer em Para Sempre Alice.

Os argentinos de Relatos Selvagens perderam o Oscar de filme estrangeiro para o polonês Ida, sobre as mazelas da Europa pós-stalinista.

Entre os documentários, O Sal da Terra, dirigido pelo alemão Wim Wenders e pelo brasileiro Juliano Ribeiro Salgado, perdeu para Citizenfour, de Laura Poitras, sobre o delator Edward Snowden, o ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA) que revelou os esquemas de espionagem do governo dos Estados Unidos.

Neil Patrick Harris, o astro da série How I Met Your Mother, estreou neste ano como anfitrião do Oscar. Os números musicais que apresentou na abertura não foram ruins, mas deixaram saudades das paródias que Billy Crystal fazia nos anos 90...

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