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Oswaldo Montenegro: músico se diz grato pelo sucesso contínuo | Guido Melgar/Divulgação
Oswaldo Montenegro: músico se diz grato pelo sucesso contínuo| Foto: Guido Melgar/Divulgação

Shows

Veja este e outros shows no Guia Gazeta do Povo

Às vésperas do lançamento de seu novo filme, Solidões, Oswaldo Montenegro volta à capital paranaense neste fim de semana para duas apresentações do show De Passagem, sábado e domingo no Teatro Marista (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

"É um show radicalmente interativo", define. O repertório, definido pelo próprio Oswaldo como "uma mistureba danada", conta com canções do disco que dá nome ao show, outras compostas para seus filmes e algumas das mais antigas, como "A Lista", "Lua e Flor" e "Metade". Ele avisa que do bate-papo com o público podem surgir canções que não estão no roteiro. "Acho bacana a sensação de que aquilo aconteceu apenas ali, e apenas naquele instante".

Em maio deste ano o cantor esteve em Curitiba para uma temporada de seis shows. E, em outros anos, outras tantas vezes que já guarda boas lembranças da capital. A canção "Drops de Hortelã" foi composta na cidade, depois de uma ligação feita de um orelhão para a amiga Glória Pires, com quem acabou gravando a música, "muito parecida com o que lhe disse ao telefone".

"Eu achava que faria uma canção, e a melodia, eu não sei", diz a letra. Ao público sempre pareceu saber.

Sétima arte

"Eu achava que faria tudo que não sei", continua. Mas fez teatro e fez cinema. Fez e sabe. Depois de sua estreia nas telonas com o premiado longa "Léo e Bia", em "Solidões", além de assinar roteiro e direção, o artista faz parte do elenco.

No filme, que tem lançamento marcado para 1º de novembro, a atriz Vanessa Giacomo, também narradora, interpreta uma mulher que perde a memória e rejeita sua vida anterior. Montenegro aparece papel do "demônio", sádico e divertido, que enfrenta sua solidão andando pelo mundo, morrendo de saudade de Deus. Com essas e outras histórias, ora com humor, ora com emoção, o longa aborda a solidão da modernidade. O artista garante que o único caminho para afastar as solidões é o afeto, "o resto é pura ilusão". Além dos desafios físicos, gravando num areal deserto às 4h da manhã, ou durante a noite, no agreste pernambucano, com sapos e cobras, o músico-ator-roteirista-diretor destaca o desafio estético: "assumir integralmente o conceito do filme, que engloba vários conceitos, incluindo cenas documentais que parecem ficção e vice-versa".

A trilha também é dele."Algumas eu compus especificamente para aquela cena, outras, já tinha feito e se encaixavam com determinado episódio, e outras chegaram a motivar uma história", conta.

O artista costuma se aventurar pelo teatro, cinema e pintura – nas paredes de sua casa –, mas garante que tudo veio através de sua prioridade: "acima de tudo, sou um músico".

Sobre a razão de seu sucesso contínuo e com público fiel, ele é direto: "não tenho a menor ideia, mas sou muito grato por isso". A vida vai entrando pelo nariz, como diz a música dos drops de anis.

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