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Cena de "Oui, Oui... A França é Aqui - A Revista de Ano" | Divulgação
Cena de "Oui, Oui... A França é Aqui - A Revista de Ano"| Foto: Divulgação
  • Atores em cena na peça
  • Última chance para conferir a peça é nesta sexta-feira (26)

Oui, Oui... A França é Aqui - A Revista de Ano (confira o serviço) é um daqueles espetáculos que nos dá prazer em ir ao teatro. Você ri, se emociona, interage, canta, bate palmas e também aprende. Porque mais do que uma peça construída no formato de teatro de revista, conta a história da influência francesa no Rio de Janeiro e, consequentemente, no Brasil usando como fio condutor um "romance impossível". A estreia da peça no Festival de Curitiba aconteceu na noite desta quinta-feira (25) e a última apresentação na cidade está prevista para esta sexta-feira (26).

Para poder se casar com Henriqueta (Ester Elias), Henrique (Gustavo Gasparani) precisa convencer o pai da moça, mas este está disposto a deixá-la nas mãos de um promissor empresário inglês. Eis que surgem na história São Sebastião e a Torre Eiffel. Sim, a Torre Eiffel. Os dois transformam Henrique em um francês "quase" perfeito para que assim ele possa se aproximar de sua amada e impressionar o sogro.

A trama conta com diversos personagens secundários, como o Cristo Redentor, que ajudam a temperar a história e permitem fazer trocadilhos e piadas tanto com celebridades conhecidas no Brasil e na França, quanto com atualidades do momento. Além do idioma que por si só já sugere uma infinidade de piadas, Santos Dumont, Joana D'Arc e Zidane não foram esquecidos.

Da chegada dos primeiros franceses ao Brasil até a inauguração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a peça empolgou o grande público presente que quase lotou o Teatro da Reitoria. São duas horas e meia de espetáculo com um intervalo de aproximadamente dez minutos. Mas sobra tempo até para a plateia em coro repetir algumas frases em francês sugeridas pelos atores.

Musicalmente "Oui Oui" é fantástica. Seja interpretando as versões originais das canções ou divertidas paródias, não resta dúvida de que as atuações de Ester Elias, Gottsha, Solange Badim, César Augusto, Cristiano Gualda e Gustavo Gasparani nos números musicais são os destaques da peça. E há músicas para todos os gostos: samba carioca, bossa nova com sotaque francês, paródias em português de clássicos franceses e vice-versa. A viagem parte de Roberto Carlos e chega até os Três Tenores, passando por Manu Chao. E importante: tudo ao vivo, inclusive os instrumentais produzidos pelos músicos Nando Duarte, Fabiano Salek e João Bittencourt que ficam no fundo do palco.

Como nem tudo é perfeito, na primeira metade da peça o microfone do ator César Augusto falhou em alguns momentos o que chegou a incomodar parte do público. Assim como o calor dentro do Teatro da Reitoria que ficava mais intenso com o tempo. Nada que atrapalhasse o brilhante espetáculo. No final, com todos em pé, os atores foram muito aplaudidos. Merecido.

Quem perdeu ainda tem uma chance de assistir a peça nesta sexta-feita (26), às 21h, no Teatro da Reitoria. Au Revoir.

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