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Regina Silveira se aproximou da arte conceitual em Porto Rico. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Regina Silveira se aproximou da arte conceitual em Porto Rico.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Iberê Camargo defendia os princípios da arte. Ele batalhava pelos melhores materiais, por uma situação mais digna, o que fazia dele alguém até meio descolado.

Regina Silveira, artista visual.

Considerada uma das artistas brasileiras pioneiras no trabalho com novas tecnologias, Regina Silveira começou seus estudos no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1959. Além disso, teve aulas de pintura e gravura como também gaúcho Iberê Camargo, cujo centenário de nascimento foi celebrado em 2014. Veja os principais trechos da entrevista que Regina concedeu para a Gazeta do Povo:

Como foi ter Iberê Camargo como mestre?

Isso foi muito cedo, tinha 20 anos. Foi um mestre fantástico e muito rigoroso. Um artista maravilhoso, que defendia os princípios da arte.

Você é considerada pioneira no Brasil com o trabalho de videoarte. Como isso aconteceu?

Nos anos 1960, fiz viagens para a Europa, o que mudou o meu paradigma de pintura. Foi quando deixei de ser pintora e me interessei por novos materiais. De 1969 a 1973, morei em Porto Rico, onde dei aulas, e me aproximei muito do movimento da arte conceitual. E também sou muito curiosa, gosto de pesquisar.

No começo de sua carreira, você trabalhou com pacientes do Hospital Psiquiátrico de Porto Alegre. De que forma essa experiência a influenciou?

Foi marcante. Aprendi muito sobre a natureza da expressão e os limites da sanidade. Acho que também me ajudou a ser uma boa professora de arte, e refletiu na minha obra. Foi algo que me ensinou como ser pessoa no mundo.

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