Amigos Inseparáveis é um filme que não funciona. Talvez por confiar demais em seu maior atrativo: reunir no elenco Al Pacino, Christopher Walken e Alan Arkin, atores superlativos, vencedores do Oscar, que dão o melhor de si, mas não conseguem, com suas atuações, compensar os sérios problemas de roteiro.
Pacino vive o papel de Val, um criminoso profissional que, após cumprir 28 anos de prisão por se recusar a entregar seus comparsas em um crime, recebe a liberdade condicional. É recebido por seu melhor amigo, Doc (Walken), há muito afastado do mundo do crime, mas incapaz de se livrar do peso de seu passado.
Os dois, mais um terceiro companheiro, Hirsch (Arkin), se reúnem para aproveitar a primeira noite de liberdade de Val, que também poderá ser a última: Doc carrega o fardo de ter de eliminar Val, para continuar vivo.
Dirigido pelo ator Fisher Stevens (de Avatar), Amigos Inseparáveis tem alguns bons momentos, sobretudo aqueles nos quais os três protagonistas contracenam. Pena que o roteiro, que até parte de um pressuposto interessante, se perca em situações mal construídas, que impedem o desenvolvimento dos personagens, que parecem estar imóveis dentro de uma trama que tenta surpreender, mas nunca decola.
Uma curiosidade: as canções do filme foram compostas por Jon Bon Jovi, que foi indicado ao Globo de Ouro deste ano por "Not Running Anymore.