Depois de tantas viagens do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva a países da Europa e da Ásia, ficou claro que um dos principais objetivos do governo brasileiro é divulgar uma imagem mais positiva e completa do país no exterior.

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Em meio a CPIs, escândalos políticos e oscilações econômicas, o Brasil foi bem-sucedido nessa empreitada e um dos maiores acontecimentos neste sentido foi o Ano do Brasil na França, cujos resultados foram apresentados na quarta-feira passada, em São Paulo, durante uma conferência de encerramento do evento.

Desde 1985, a França homenageia diferentes países por meio de Temporadas Culturais Estrangeiras. Índia, Egito, Tunísia e China são alguns dos 18 que já participaram do projeto.

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Brésil, Brésils aconteceu de março a dezembro deste ano e contou com mais de 436 atrações, entre elas espetáculos de teatro, exposições, mostras de cinema, shows de música e dança e outras manifestações artísticas. Mais de 15 milhões de pessoas fizeram parte de uma grande festa que invadiu as ruas de Paris e de outras 160 cidades francesas. "Foi o maior evento cultural que o nosso país realizou desde a comemoração do bicentenário da revolução francesa, que aconteceu em 1989", avalia o embaixador da França no Brasil, Jean de Gliniasty.

Paranaenses

O evento contou com a atuação de mais de 2,1 mil artistas brasileiros. Grandes nomes da música, como Tom Zé, Jorge BenJor e o ministro da cultura Gilberto Gil, foram as atrações de 270 apresentações musicais. Já as exposições abrangeram as produções de arte contemporânea, arquitetura e design, fotografia e patrimônio. O Paraná marcou presença com a mostra das artistas plásticas Eliane Prolik, Juliana Stein e Carine Weidle.

O encantamento estrangeiro pela jeito de viver tupiniquim sempre existiu, mas iniciativas como essas acabam revelando características pouco conhecidas pelo mundo globalizado, afetando outros setores da sociedade. De acordo com o ministro Gilberto Gil, a parceria rendeu bons frutos políticos e econômicos para os dois países, entre eles o apoio da França em relação à entrada do Brasil na Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Novos projetos culturais já estão estão sendo desenvolvidos para o futuro. Em 2006, a Copa Cultural vai tomar conta da Alemanha para mostrar que o Brasil é muito mais do que futebol. Países como a Itália, a Espanha e o Canadá também querem criar programações específicas que abordam a cultura brasileira. O país já está se preparando para retribuir tantas homenagens. O governo brasileiro pretende lançar o Ano da França no Brasil em 2008.

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