Ela vem de uma famosa família de Hollywood, começou a atuar quando era uma criança e trabalhou com muitos diretores conceituados. Mas Drew Barrymore nunca ficou tão aterrorizada com uma personagem quanto em sua última atuação, em "Grey gardens."
O filme de televisão, que estreia na HBO neste sábado (18), tem como estrela Barrymore, de 34 anos, como Edith "Little Edie" Bouvier Beale, a excêntrica prima de Jacqueline Kennedy Onassis que viveu uma vida reclusa e em extrema pobreza antes de sua morte, em 2002.
Para aceitar o papel, Barrymore, que ingressou na fama quando criança com o filme "E.T. - o extraterrestre", de 1982, teve de envelhecer para fazer cenas de uma ingênua universitária até uma idosa, e precisou dominar a fundo os termos verbais da alta sociedade de nova-iorquina. Ela disse que precisou fazer campanha para ter o papel, o que só fez aumentar seu estresse quando o momento de gravar chegou.
"Isso continha um desafio em cada esquina. Foi aterrorizante", afirmou Barrymore à Reuters. "Mas eu me apaixonei por ela, por quem ela era e por quem ela se tornou."
Beale e sua mãe, Edith "Big Edie" Bouvier Beale, eram membros da alta sociedade de Nova York, mas, após o pai da personagem, Phelan Beale, ter abandonado a família nos primeiros dias da Grande Depressão, ambas começaram lentamente a viver tempos difíceis.
Mãe e filha fixaram residência em seu espaçoso solar, o Grey Gardens, em Long Island, e, conforme os anos foram passando, elas começaram a viver de uma ínfima ajuda dada por Phelan Beale.
A casa passou a ser mal cuidada e foi infestada por gatos e roedores. A construção se tornou um incômodo tão grande que autoridades locais ameaçaram demolir o local até Jackie Kennedy intervir para ajudar sua tia e prima.
Os documentaristas Albert e David Maysles foram a Long Island no começo da década de 1970 e fizeram um filme sobre os Beales, chamado "Grey gardens".
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