Apontar saídas para se renovar na carreira e dicas para perceber às mudanças profissionais. Esses foram os principais assuntos debatidos do Papo U, evento realizado pela Gazeta do Povo , nesta quarta-feira (26), na Unicuritiba. A partir do olhar e da experiência de quatro profissionais – todos com passagem por diversas áreas das suas profissões –, os jovens acadêmicos tiverem a oportunidade de ouvir histórias de sucesso de gente que arriscou e inovou para se manter no mercado de trabalho e até tentar uma nova carreira
Com a participação do dono da Pipefy, Alessio Alionço, do advogado e jornalista Rhodrigo Deda, da coolhunting Andrea Greca e do CEO da Mirum, Guilherme Gomide, o bate-papo com o tema “O futuro das profissões” reuniu cerca de 300 pessoas. A mediação ficou por conta do professor da casa Jorge Feldens, que coordena o Núcelo de Relações Internacionais da instituição. “Hoje vivemos em uma lógica de rede, em que as pessoas estão sempre conectadas entre si de uma forma diferente. Isso permeia às transformações das profissões”, apontou Andrea. Por isso, a dica da convidada foi apostar em carreiras das áreas tecnológicas que trabalham com dados.
Na mesma linha, Alionço mostrou, a partir da história da sua carreira, que hoje os profissionais precisam entender de estatística, que essa é a nova fronteira das profissões. “Hoje as pessoas estão muito além de qualquer tipo de formação acadêmica, por isso não dá para deixar sua formação apenas na mão da universidade. Os profissionais de sucesso de hoje são muito curiosos, querem mais do que conhecimento dado na faculdade, não esperam a informação cair no colo”.
Para o advogado Rhodrigo Deda, o Direito também está mudando seus processos. “O advogado hoje tem que saber muito de gestão, ter habilidade de construir redes de relacionamento”. Ele explicou que o mundo jurídico está se renovando, abrindo novos mercados e para isso o acadêmico precisa desenvolver habilidades em áreas completamente diferentes, fazer cursos que envolvam liderança pessoal.
Com experiência em agências globais de publicidade, Gomide disse aos estudantes que quando as crianças de hoje forem adultas, certamente elas vão atuar em profissões que ainda não foram criadas. “Tudo vai girar em torno de softwares. Por isso todo profissional precisa entender minimamente de programação”, afirmou. O CEO da Mirum também incentivou a plateia a usar o acesso fácil à informação para aprender, a ser autodidata.
Um ponto que chamou a atenção da plateia foram as dicas para aprender por conta própria pela internet. Uma das perguntas foi sobre como saber, durante uma entrevista de emprego, se o candidato usou essa ferramenta para se aprimorar, se estudou. “A gente procura ver o envolvimento da pessoa em projetos pessoais, quais são as tendências de execução dessa pessoa. Por aí dá para pegar um padrão de aprendizado do candidato”, respondeu Alionço.
Outra questão levantada pelos estudantes foi o questionamento sobre se as áreas mais humanas do conhecimento terão espaço em um futuro muito ligado à tecnologia. “Com certeza sim. Profissionais dedicados à escrita, com qualidade textual, e gente que saiba gerenciar as redes sociais terão um papel fundamental para administrar toda essa tecnologia”, disse Andrea.