• Carregando...
 | Divulgação
| Foto: Divulgação

Como Treinar o Seu Dragão (veja trailer e fotos) tem méritos para agradar desde crianças pequenas até os pré-adolescentes e não entediar os pais: enredo simples e inteligente, personagens simpáticos e verossímeis, e, na versão 3-D, bom uso da tecnologia para contar a história e envolver a audiência. A animação rompe com a tendência percebida nos últimos "blockbusters" do gênero, que traziam piadas decifráveis apenas pelos adultos. É assim em Schrek, Os Incríveis e Toy Story, por exemplo. Em Como Treinar..., até as piadas são infantis; mesmo assim, ouvem-se risadas de adultos na sala de cinema.

O enredo é simples. Uma vila vi­­king tem de to­­lerar várias espécies de dragões, que pe­­gam suas ove­­lhas e vacas. O filho do chefe dos vikings, o menino Soluço (dublado no original por Jay Baruchel, de Uma Noite no Museu 2), é raquítico e desajeitado demais para se tornar um matador de dragões e isso o coloca no nível mais baixa da escala social da vila. Ele quer matar um monstro porque assim, conforme explica, vai "pelo menos arranjar uma namorada".

Dragões são figuras mitológicas que fascinam as crianças. Ainda mais quando sua cara lembra um pokémon, como é o caso de Banguela, a criatura que está no centro da trama desta animação. A relação dos humanos com os dragões, como se pode prever, é conflituosa. O objetivo dos vikings é eliminar todos eles. Soluço, mesmo sem se dar conta, encara o inimigo como um cientista encara seu objeto de estudo. É o que ele observa e aprende sobre eles que vai determinar os rumos da história e gerar conflitos. Os vikings não sabem nada sobre a natureza e a personalidade de seus inimigos, por isso só podem vencê-los com violência. O desafio do menino é convencer os adultos de que há outra forma de conviver com os répteis que cospem fogo.

O roteiro é baseado em um livro da inglesa Cressida Cowell e a direção é da dupla Dean DeBlois e Chris Sanders, que fez Lilo & Stitch. Em Como Treinar o Seu Dragão o universo é masculinho. Soluço vive com o pai, Estóico (voz de Gerard Butler) e seu entorno é formado por homens grandões e barbudos. Seu contraponto feminino é a menina Astrid (voz de America Ferrera, de Ugly Betty), que é durona e habilidosa no uso de armas. É um mundo aparentemente violento, mas a sensação que se leva do cinema é a da ternura que cerca o menino-herói. GGGGG

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]