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Seja para provocar questionamentos, denunciar problemas sociais ou, simplesmente, dar um novo colorido a Curitiba e desviar o olhar de transeuntes, a street art surge como uma manifestação artística alternativa, democrática e abrangente.

O grafitti é uma das expressões mais antigas e populares dessa manifestação, mas não a única. Hoje em dia, faz parte de um movimento muito maior de intervenções urbanas que englobam, além das artes plásticas, música, dança, teatro, técnicas circenses e esportes.

Os autores das obras, na maioria das vezes anônimos e escondidos atrás de apelidos e organizações coletivas, fazem parte dos mais diferentes grupos sociais. Artistas, universitários, estudantes de periferia, publicitários e até advogados são flagrados colocando a mão na massa, na tinta, no papel, nas latas de spray e nos auto-falantes.

Em Curitiba, o movimento é maior do que se imagina e já deixou para trás o status de underground. Grupos locais como o coletivo InterluxArteLivre são reconhecidos nacionalmente em performances, festas e eventos de grande porte. Os últimos trabalhos foram encomendados para o Bazar Desmobília e para o Motomix, uma série de shows, que aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

O Ilustres Trio, por outro lado, ainda não desperta tanta atenção de fora, mas os seus trabalhos estão transformando o cenário do centro da cidade. Ao transformar ruas movimentadas em galerias de arte, grafiteiros como Case e Bolacha dão o seu recado de forma criativa e chamam a atenção para os problemas da cidade, com a aprovação dos moradores.

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