Para formar novos leitores

O mercado de livros infantojuvenis no Brasil está dividido em dois grupos atualmente. Em um, estão os best sellers para pré-adolescentes e adolescentes, na maioria traduções, grossos volumes recheados de seres semimitológicos ou de meninas "populares", muitos deles divididos em séries de vários volumes. Em outro grupo estão as descobertas das editoras nacionais entre autores brasileiros e estrangeiros que buscam criar obras inventivas e atraentes para os jovens leitores.

Algumas editoras têm sido muito felizes na criação de projetos gráficos que valorizam os textos e que acrescentam mais um nível de diálogo com os leitores a partir das ilustrações. É o caso da paranaense Positivo, da paulista da WMF Martins Fontes e da carioca Rocco.

O Caderno G fez uma seleção de bons títulos lançados em 2013 e que estão disponíveis nas livrarias. Eles estão agrupados de forma a facilitar as buscas de pais e professores, mas como são bons livros podem ser lidos por pessoas de qualquer idade. Exemplo disso é o memorialista Maçãs Argentinas, de Paulo Venturelli (Positivo); Uma Pequena Lição de Liberdade, sobre a luta dos abolicionistas, de Júlio Emílio Braz (Mundo Mirim); o divertido A Fabulosa Morte do Professor de Português, de Lourenço Cazarré (Autêntica); e Marcas de uma Guerra, de Sandra Pina (Melhoramentos), este sobre os reflexos da Segunda Guerra Mundial no Brasil. Correndo por fora de qualquer classificação etária está O Trólebus 75, do italiano Gianni Rodari (Berlendis & Vertecchia).

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