Instalação O Muro, com fotografias de crianças da Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, virá ao MON em 2014| Foto: Ana Cecilia Brignol/Divulgação

Nacional

Confira algumas das exposições programadas para 2014 em quatro capitais brasileiras:

São Paulo: Museu da Imagem e do Som (MIS)

Entre as mostras programadas para este ano está Maio Fotografia no MIS. Em julho, a instituição realizará 20 Anos de Castelo Rá-Tim-Bum. Porém, é a exposição David Bowie, já em cartaz desde 31 de janeiro, que deve ser a grande estrela do ano. É a primeira retrospectiva nacional sobre a carreira do artista britânico. Mais de 300 itens, como manuscritos de letras e figurinos estão na mostra, que proporciona uma experiência sonora ao visitante. Só no primeiro fim de semana, recebeu mais de 5 mil visitantes. Fica em cartaz até 20 de abril.

Museu de Arte de São Paulo(Masp)

Segundo a assessoria de imprensa, a nova programação para este ano ainda não está fechada. Mesmo assim, vale a pena visitar Passagens por Paris, em cartaz desde 2013 e sem data de encerramento, que propõe um passeio pela arte moderna entre 1866 e 1948. Manet, Degas, Cezanne, Gauguin, Matisse, Renoir, Toulouse-Lautrec, Van Gogh e Picasso são alguns dos artistas.

Rio de Janeiro: Museu de Arte do Rio (MAR)

O museu tem uma programação extensa agendada para 2014. No dia 27 de maio será aberta a mostra Do Valongo à Favela, que reúne uma ampla seleção de imagens e obras que constituíram o entorno da região do museu dentro do imaginário da cidade, passando por lugares e episódios marcantes como o Morro da Conceição, as casas de escravos do Valongo. Entre os destaque do ano estão, ainda, Josephine Baker e Le Corbusier (que abre no dia 15 de abril), e Mulheres Modernas, em novembro, com curadoria de Paulo Herkenhoff e Heloisa Buarque de Holanda.

Brasília: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

No dia 19 deste mês, a sede do CCBB em Brasília abre Yayoi Kusama – Obsessão Infinita, primeira exposição apresentada no país sobre o trabalho de Yayoi Kusama, uma das artistas mais originais do Japão contemporâneo, que, desde 1977, vive voluntariamente em uma instituição psiquiátrica. O caráter psicológico singular é a principal característica da sua obra. No dia 12 de maio, o espaço inaugura Arte para Crianças, desenvolvida para o público infantil, que traz obras de artistas como Vik Muniz e Paula Trope. Em agosto, o CCBB abre Gênesis, projeto do fotógrafo Sebastião Salgado.

Porto Alegre: Fundação Iberê Camargo

O espaço dedicará a sua programação para comemorar o centenário do artista, em novembro. Em março, será aberta a primeira mostra sobre ele, Iberê Camargo: As Horas – O Tempo como Motivo, com curadoria de Lorenzo Mammi. Haverá, ainda, exposições dos artistas Antonio Dias e Nuno Ramos. Mas é no mês do nascimento de Iberê que será inaugurada uma grande mostra com sua trajetória (ainda sem nome definido), que ocupará todo o espaço do museu, incluindo rampas e área externa.

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Instalação de Gleyce Cruz faz parte da mostra sobre o Faxinal
Retrospectiva da arte mexicana inaugura no mês que vem
O Lavrador de Café, de Portinari, está em mostra coletiva do Masp
Obra que estará na primeira exposição sobre Iberê Camargo
David Bowie, em cartaz desde janeiro, é destaque no MIS-SP
Fachada da casa paranista de Turin será reproduzida no MON

Escultura, fotografia e arte contemporânea são algumas das vertentes que estarão presentes no calendário de exposições do Museu Oscar Niemeyer (MON) em 2014. O ano promete: fotografias da artista Frida Kahlo e uma mostra sobre fotojornalismo brasileiro são algumas das atrações agendadas. Mas a maior exposição do espaço, que será realizada no salão nobre, o Olho, será dedicada ao escultor João Turin.

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"Será do porte das exposições do Poty e do Leminski", diz a diretora do MON, Estela Sandrini. No total, serão 130 peças em gesso e bronze, fundidas em um instituto próprio montado pelo atual detentor do acervo de João Turin, Samuel Ferreira Lago, que comprou o material da família há quatro anos. Além de obras que virão pela primeira vez a público, quadros e desenhos serão mostrados. Uma parte da documentação que estava na Casa João Turin, que foi fechada em 2012, também estará na exposição.

De acordo com Lago, a cenografia, que ficará a cargo de Daniel Marques, chamará a atenção. Uma casa paranista, com motivos locais desenhada por Turin (que ficava na Rua José Loureiro e foi demolida na década de 1970), será reproduzida na sala. Um livro sobre o artista, escrito pelo pesquisador e curador da mostra, José Roberto Teixeira Leite, também será lançado na inauguração (5 de junho). Depois do MON, a exposição seguirá para a Pinacoteca de São Paulo e para o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Quem gosta de arte mexicana pode se animar. Já no mês que vem, no dia 20, abre Revisitações Plásticas, Arte Mexicana, que faz uma reflexão sobre os diversos movimentos e períodos artísticos no México ao longo de seis décadas. Frida Kahlo, suas Fotografias, com imagens vindas de acervo da pintora, deve inaugurar em julho, mesmo mês do nascimento da artista. Ainda na área de fotografia, o MON receberá em junho a mostra As Origens do Fotojornalismo no Brasil – A História do Cruzeiro, com curadoria de Helouise Costa e Sergio Burgui. O acervo, do Instituto Moreira Salles, mostra a evolução do fotojornalismo brasileiro a partir da icônica revista O Cruzeiro.

Residência

O Museu de Arte Contem­­­­porânea (MAC) abre em maio Faxinal das Artes: Uma Coleção em Estudo, que traz obras de artistas paranaenses que se reuniram em 2002 em Faxinal do Céu, no interior do estado, para um programa de residência artística. Naquele ano, durante 15 dias do mês de maio, 100 artistas de todas as regiões do estado puderam conviver e discutir seus processos criativos. Mesmo sem a obrigatoriedade de criar obras, uma intensa produção aconteceu. No ano passado, o MAC realizou uma pesquisa sobre a coleção, e parte do acervo que sobrou (muitas obras infelizmente se perderam) e dos registros fotográficos virá a público.

Projetos

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Para tentar superar o recorde de visitantes de 2013 – foram 340 mil visitantes, aumento de 55% comparado a 2012, o MON continuará com ações já tradicionais, como o Domingo + Arte (gratuito e com diversas atividades no 1º domingo do mês), e o Quinta + MON (horário estendido até às 20 horas na primeira quinta-feira do mês e visitas mediadas). O MON + Música, que também ocorria na quinta, será transferido para outro dia, ainda não definido.

Porém, Estela Sandrini diz que a estratégia para continuar cativando o público é ampliar a ação educativa – antes das inaugurações das exposições, por exemplo, a intenção é realizar palestras para o público com o curador ou especialista, iniciativa testada em 2013 e que foi bem recebida. A partir de 2014, o G2, um dos grupos de dança do Centro Cultural Teatro Guaíra, fará parte continuamente do Domingo + Arte, com apresentações no espaço, e a programação, diz a diretora, será intensa. "Não ficaremos com nenhuma sala fechada esse ano."