![Paraná perde a artista visual Joana Corona Artista era uma das mais atuantes na cena local | Arquivo Pessoal/Joana Corona](https://media.gazetadopovo.com.br/2014/03/fce3c42245c74f1a3b55771aa0025372-gpLarge.jpg)
Morreu no último domingo, aos 31 anos, a artista visual, poeta e editora Joana Corona. Natural de Pato Branco, ela vivia em Curitiba e era uma das artistas jovens mais atuantes da cena local de artes plásticas. Joana teve uma parada cardíaca súbita durante uma viagem a Florianópolis. O corpo foi velado na sua cidade natal ontem, e será cremado hoje, às 9 horas, no Crematório Perpétuo Socorro, em Curitiba, em cerimônia para a família. Ontem à tarde, amigos e artistas se reuniram nos arredores do Museu Oscar Niemeyer (MON) para uma homenagem.
As obras de Joana tinham como característica o uso da fotografia e o trabalho com instalações. Ela também era muito influenciada pela palavra escrita, já que a literatura era seu campo de atuação, além das artes visuais. Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Paraná e doutoranda em Teoria Literária pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana também era editora da revista Bólide junto com o tio, Ricardo Corona, e com a artista (e também tia), Eliana Borges. Com Eliana, dirigia o espaço de arte "tardanza", onde realizava curadorias de exposições e produção cultural. "Estavámos sempre juntas, fazendo e pensando em projetos", contou Eliana.
Joana Corona começou a expor em 2008. As primeiras mostras foram n´outro, no Sesc da Esquina, em Curitiba, e Coleção, que passou por Florianópolis, Curitiba e São Paulo. Coletivamente, também teve obras expostas no MON e no Centro Cultural Marte, em Montevidéu, no Uruguai. Em 2010, foi bolsista de produção para artes visuais no Museu da Gravura Solar do Barão. No ano seguinte, levou sua primeira exposição individual, Dónde Está el Sol, para fora do país, no Espacio de Arte Contemporáneo (EAC), também na capital do Uruguai.
Sua última mostra individual foi rastros, exposta no Museu Municipal de Arte (Muma), em fevereiro do ano passado. Em entrevista para a Gazeta do Povo sobre a exposição, Joana declarou que sua paixão pelo amarelado das páginas dos livros ela não passava ilesa por um sebo e sempre precisava de uma nova estante em casa tinha inspirado as obras, que foram criadas com resquícios da palavra escrita.
Repercussão
A diretora do Museu da Gravura Solar do Barão, Ana González, lamentou a morte de Joana Corona, e salientou a história da artista junto ao espaço. "É algo muito triste para o museu e para todos nós. Ela cresceu aqui no museu, seus horizontes abriram para as artes visuais e ela desenvolveu uma linguagem híbrida, que manteve até o fim."
O presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Marcos Cordiolli, divulgou uma nota de pesar ao falecimento de Joana. "Foi com muita tristeza que recebi a notícia do falecimento. Em meu nome e em nome de toda a Fundação Cultural de Curitiba, transmito à família e amigos o mais sincero pesar pela perda tão precoce de um grande talento."
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