O dramaturgo paranaense Mario Bortolotto abre hoje a programação do último e derradeiro dia da 5.ª Festa Literária Internacional de Parati (Flip) quando sobe ao palco da Tenda dos Autores para conversar com Bosco Brasil sobre os rumos do teatro brasileiro.

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No ano em que a festa homenageia Nelson Rodrigues (1912 – 1980), nada mais apropriado que discutir a dramaturgia. A obra do escritor definido como "O Anjo Pornográfico" por seu biógrafo Ruy Castro serviu de tema para duas mesas, uma apresentação especial feita por Barbara Heliodora e uma leitura de "O Beijo no Asfalto" sob a direção de Bia Lessa.Dentro da programação de hoje, o historiador Luiz Felipe de Alencastro fala sobre "O Coração das Trevas", obra-prima de Joseph Conrad (1857 – 1924) que completa 150 anos em 2007.

O brasileiro Paulo Lins, autor de "Cidade de Deus", conversa com o serra-leonês Ishmael Beah, jovem de 26 anos que foi soldado durante a infância na África, hoje vive nos EUA e viveu para contar sua história em "Muito Longe de Casa – Memórias de um Menino Soldado" (leia mais sobre o livro no Caderno G de hoje).

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O mexicano Ignacio Padilla ("Amphytrion") e o argentino Rodrigo Fresán ("Jardins de Kensington") partem de Macondo, cidade fictícia criada por Gabriel García Márquez na obra-prima "Cem Anos de Solidão" – outra que faz aniversário em 2007: quatro décadas desde a sua primeira publicação –, para analisar o quão distante a literatura latino-americana está do realismo mágico.

A 5.ª Flip termina com a tradicional mesa sobre "literatura de estimação", incitando alguns dos autores que participaram do evento – ainda não foi revelada a seleção deste ano, mas especula-se que J.M. Coetzee lerá trechos de "Molloy", de Samuel Beckett – a aparecer uma segunda vez diante do público para ler um trecho do livro que salvariam de sua biblioteca pessoal no caso de um incêndio.