O sul-africano J.M. Coetzee, Nobel de Literatura 2003 e autor da obra-prima "Densonra" (Companhia das Letras), seguiu a tradição da Festa Literária Internacional de Parati (Flip), segundo a qual nomes graúdos da literatura internacional são flagrados pelas ruas da centro histórico passeando de chinelas, sem pressa e sem rumo.

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Avesso a qualquer tipo de exposição pública, o escritor fez se alastrar pela mídia a imagem de um homem que briga com unhas e dentes para manter distância do público e dos jornalistas.

Porém, na prática – e não dá para saber se isso é um fenômeno que ocorre somente em Parati –, Coetzee pode ser incrivelmente afável e atencioso. Abordado pela reportagem do Caderno G Online, ele tranquilamente parou para responder a pergunta inevitável. Ficou impressionado com Parati?

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"Não é um lugar real", respondeu, sem deixar claro em que medida a afirmação era um elogio ou não. A julgar por sua obra e suas posturas políticas, é possível que fosse mais uma crítica negativa.

Coetzee sustenta um sorriso discreto o tempo todo em que conversa com algum estranho. Seu olhar é do tipo capaz de perfurar seu interlocutor.

Considerado por muito o maior escritor vivo, hoje à noite, ele lê trechos de seu romance inédito "Diário de um Ano Ruim" na mesa mais aguardada da 5.ª Flip.

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