O júri do Prêmio Príncipe de Astúrias de Comunicação e Humanidades começou nesta terça-feira a deliberar para eleger entre as 36 candidaturas que concorrem ao título. O escritor brasileiro Paulo Coelho está na disputa, ao lado do ex-secretário geral da ONU Kofi Annan, e do site de buscas da internet Google.
Um dos membros do júri, o ex-diretor da Radio Televisión Española (RTVE) José Antonio Sánchez, disse, antes que começassem as deliberações, que não se lembra de uma edição do prêmio com candidaturas tão "potentes". Outras candidaturas importantes são as da própria RTVE, do editor espanhol Lluís Bassat, do desenhista espanhol Antonio Mingote, do ator americano Robert Redford, e do filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman.
O jornalista e membro do júri José Luis Gutiérrez afirmou que há algumas candidaturas "um pouco insólitas", e apostou no Google, porque este o site mudou "a forma de veicular a informação e transmitir conhecimento", o que faz dele "um dos grandes merecedores do prêmio".
A presidente da academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Ángeles González-Sinde, destacou que defenderá a candidatura apresentada por ela, da Filmoteca Nacional, porque "é muito importante destacar o legado, o cuidado, a custódia desse patrimônio audiovisual espanhol, um trabalho pouco divulgado".
Também considerou "interessantes" as propostas da RTVE, apresentada pelo presidente da Agência Efe, Álex Grijelmo, e de Zygmunt Bauman, ainda que tenha previsto que a decisão "vai ser muito difícil".
Por sua vez, o jornalista Javier González Ferrari destacou como seu favorito o escritor brasileiro Paulo Coelho, que descreveu como "um grande humanista", que "faz um grande trabalho pela cultura de seu país e tem os apoios de Lula, o atual presidente do Brasil, um homem da esquerda, e de (Fernando Henrique) Cardoso, o anterior, um homem da direita".
O júri debaterá durante toda esta terça-feira e divulgará o resultado na quarta, ao meio-dia no horário local.
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