Uma viagem por 15 mil quilômetros de estradas brasileiras em dois meses, a bordo de um motohome, é o novo projeto do Jornal Nacional para a cobertura das eleições 2006. A caravana do JN já está de malas prontas para excursionar o país onde será exibida uma série de reportagens, entrevistas e debates com candidatos e com a população de cinco regiões do Brasil.
O "Priscillão", como foi batizado o ônibus numa referência bem-humorada ao filme "Priscilla, a rainha do deserto", parte no próximo dia 27 de julho, do Rio, em direção à região sul. De 31 de julho a 30 de setembro, os jornalistas William Bonner, Fátima Bernardes e Pedro Bial vão percorrer o país e a cada 15 dias, às segundas-feiras, William e Fátima se revezarão na apresentação do telejornal.
Pedro Bial ficará responsável pelas reportagens da série "Desejos do Brasil", que vai traçar um panorama dos anseios dos brasileiros, captando os contrastes do território nacional.
- Serão reportagens sobre a nação e não sobre campanha política. No meu entusiasmo pessoal e profissional, acho que a experiência pode servir para no futuro virar um documentário ou quem sabe um livro, pois manterei um diário de bordo - contou.
- Existe um Brasil não coberto, ou coberto de maneira irregular, e é exatamente isso que nós vamos mostrar. Vamos buscar o que as famílias destes lugares esperam, não deste ou daquele governante, mas do Brasil como nação - explicou Bial.
Os jornalistas, aliás, preferiram não divulgar o roteiro das visitas do ônibus, mas já afirmaram que passarão por todas as cidades, sempre evitando as capitais.
- Não vamos divulgar as cidades, para que não haja nenhum tipo de oportunismo eleitoral, ou maquiagem da cidade, para a passagem da Caravana - citou Bonner, adiantando ainda, que as cidades escolhidas terão sempre alguma importância, não só para a região, mas para o país.
O equipado motorhome, tem 12m de comprimento, 2,20m de altura interna e vai transportar um sistema fly away, que permite transmissão via satélite de qualquer ponto do Brasil. O equipamento substitui uma unidade geradora móvel; com o sistema montado e parado, o técnico alinhará a antena com um dos satélites e enviará os dados para a emissora, no Rio de Janeiro. Mas todo esse aparato servirá apenas de meio de transporte e de escritório móvel, pois a equipe ficará hospedada em hotéis de cada região que passar.
Cerca de 30 pessoas estão participando diretamente do projeto, embora o diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel, faça questão de ressaltar que haverá participação de todas as 116 afiliadas da Rede Globo, espalhadas pelo país.
- Será um trabalho de mais de quatro mil pessoas, já que, em cada cidade que chegar, a emissora terá todo o suporte técnico e profissional de que precisamos. Isso sem contar que teremos matérias sobre as determinadas regiões, produzidas por repórteres dessas emissoras. Será um verdadeiro trabalho em conjunto - contou.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas