"O samba é um santo remédio para quem quer viver", diz, mais ou menos a letra de uma música de Pedro Luis e a Parede, a banda carioca que se apresentou e nos presenteou no Lupaluna 2009. Ela mostrou a Curitiba as músicas do seu novo disco, "Ponto enredo", o primeiro de inéditas do grupo desde 2002.
O tempo de sete anos entre um disco e outro foi recheado de projetos paralelos dos membros da banda, mas serviu também para amadurecer a junção de tambores, timbres e guitarras que a banda faz com propriedade desde que surgiu. O resultado é um samba pop/rock que une o tamborim, o cavaquinho, percussão brasileira e guitarras distorcidas. Tudo na medida certa do respeito e da celebração da canção.
"Ponto enredo" traz músicas que representam o que há de mais tradicional na canção brasileira - mesmo com guitarras gritando enquanto o cavaquinho chora. Esta tradição está representada em músicas como "Ela tem a beleza que eu nunca sonhei", parceria com Zeca Pagodinho, e "Quatro horizontes", parceria com Lenine - que também é produtor do disco.
Pedro Luis e a Parece subiu ao palco da tenda Ecomusic ao mesmo tempo em que a banda Fresno estava no Lunastage. Chamou para a tenda todos que não suportam o emorock dos gaúchos. Mas o som do palco principal vazava na tenda da Ecomusic, principalmente nas músicas mais calmas, cadenciadas. Prejudicou a qualidade sonora, mas mesmo assim foi possível à Plap apresentar seu ótimo som aos curitibanos. Um santo remédio para quem quer viver.
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