Pequeno Cidadão: dilemas existenciais infantis em ritmos “adultos”| Foto: Divulgação
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Uma feliz combinação de palavras dá título ao primeiro evento integrante da programação do Festival de Curitiba voltado especialmente à criançada. Trata-se do Guritiba, mostra que irá reunir dois shows, um espetáculo circense e um musical. Ou seja, além das 36 peças infantis que compõem a grade do Fringe, os pequenos este ano contam com um evento feito sob medida para eles, a pedido dos pais.

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"Desde que se tornou Festival de Curitiba, há três edições, o festival ficou caracterizado pela soma de eventos que o compõe além da Mostra Contemporânea e do Fringe, como o Risorama e o Mish Mash, por exemplo. Este ano, conseguimos atender a uma demanda de muitos pais que, há tempos, nos sugeriam a criação de um even­to com curadoria destinado às crianças", conta o diretor do Festival de Curitiba, Leandro Knopfholz.

A escolha dos espetáculos que integram o Guritiba ficou a cargo do próprio Knopfholz, que le­­vou em conta cri­­térios como apelo comercial, qualidade conceitual e a adequação ao palco da Ópera de Arame, onde acontece a mostra. Entre as atrações, está a estreia nacional da turnê do se­­gundo dis­­co de Adriana Par­­timpim; o espetáculo circense Exotique, do grupo gaúcho Circo Tholl; uma re­­montagem do clássico Os Saltimbancos, di­­rigida por Cacá Mourthé; e o show musical Pequeno Ci­­dadão, projeto que reúne Arnaldo An­­tunes, Edgar Scandurra (ex-Ira!), Taciana Barros (ex-Gang 90) e Antonio Pinto (compositor e filho do cartunista Ziraldo).

Pela primeira vez em Curitiba, a trupe Pequeno Cidadão promete um show repleto de brincadeiras e palhaçadas, com canções em que ritmos "adultos", como o rock e o forró, são traduzidos para uma linguagem que fala a todos, mas mais diretamente às crianças. Com apenas um CD lançado, a banda teve início quando seus integrantes, amigos desde os anos 80, passaram a conviver diariamente após os filhos menores serem matriculados na mesma escola. Após algumas festas, em que os pais tocavam e cantavam acompanhados das crianças, o grupo resolveu registrar em estúdio as canções que haviam criado para os filhos.

Descritas pelos autores como "música psicodélica para crianças", as canções versam sobre os primeiros "problemas existenciais" da vida dos pequenos, como a hora de largar a chupeta, saber entender quando é momento de obrigação e de diversão e outros "dilemas" que afligem as crianças. No palco, além de uma banda de primeira, malabares, playground, fantasias e desenhos animados projetados em telão ajudam a completar a festa. "Quando eu era criança, a educação era mais centrada na escola, nos estudos. Hoje em dia, os pais têm cada vez mais consciência da importância da formação artística dos filhos e isso é ótimo", compara o diretor. (JG)