A essência é a mesma de quase duas décadas: força na percussão. Prestes a se tornar "maior de idade", o Percpan - Panorama Percussivo Mundial, no entanto, mais uma vez se renova. Para começar, este que é um dos mais importantes e inventivos festivais do continente conta com dois novos curadores - o antropólogo paraibano Hermano Vianna e o jornalista e pesquisador espanhol Carlos Galilea - a partir desta edição.
A diversidade, que é sua outra característica marcante, agora se amplia, com diversas manifestações sonoras vindas das periferias para os grandes palcos do mundo, em que o tambor, os vocais, os metais e os timbres eletrônicos convivem em harmonia.
Inicialmente com Naná Vasconcelos e Gilberto Gil no comando, o festival foi, naturalmente, mudando de cara pelas mãos de Arrigo Barnabé e, nos últimos anos, Marcos Suzano. Chegou a se desvirtuar num certo período, adquirindo um perfil mais pop e menos percussivo, o que provocou a saída de Naná, mas sabiamente retomou o rumo ao som dos tambores.
"O festival está entrando na idade adulta. Tem de crescer, tem de mudar, andar com outras perspectivas", diz a antropóloga e empresária Beth Cayres, idealizadora e organizadora do evento desde sua primeira edição. "Mas o importante é que a gente não deixou a base, que são a percussão, a pluralidade, o intercâmbio esses atributos que o festival tem desde o início, mas abrindo mais."
Grandes grupos de quatro continentes vão circular em clima de festa e celebração por três cidades: Salvador, Rio e São Paulo, levando "paulistas para Salvador e baianos para o Rio". É a edição das big bands, formando um dos elencos mais significativos, modernos e empolgantes da história do festival. "É muita gente viajando. Percussão aglutina muito. E grupos de sopros e ligados à música eletrônica são todos grandes. Aí embarcamos nessa de trazer todo mundo. Acabamos chegando a esse formato."
Cada noite também vai ter mestres de cerimônias. Iggor Cavalera e o projeto eletrônico Mixhell vão abrir para o Buraka-Som Sistema no Rio e em São Paulo. Os bateristas de dois grandes grupos de rock brasileiros - João Barone, dos Paralamas, e Charles Gavin, ex-Titãs - vão fazer apresentações especiais em Salvador e no Rio.
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