No mesmo ensaio sobre "Ficção de fã", Michael Chabon aborda as qualidades da obra de Conan Doyle e tenta enumerar quais delas explicam sua perpetuidade: "enredo competente e esperto, ou a sede burguesa de aventura, ou a nostalgia de uma era que não existe mais (vitoriana ou adolescente), ou a dinâmica Holmes-Watson (analisadas talvez em termos junguianos ou segundo uma teoria gay), ou o sutil mas ainda palpável cavalheirismo de sir Arthur Conan Doyle, ou ainda, acima de tudo, pela qualidade da escrita, tão melhor do que o esperado".
Dizem à boca miúda que o autor recebeu o título de sir depois de "ressuscitar" Holmes, supostamente morto pelo arqui-inimigo Moriarty em 1893. O desmentido da morte veio em 1903, com "A Casa Vazia". Contudo, dois anos antes, ele retomou o personagem em O Cão dos Baskerville, "o mais magnífico policial de todos os tempos". O romance é uma boa síntese do universo sherlockiano e serve também como porta de entrada. Embora os contos sejam absolutamente sedutores.
Para Chabon, um conhecido defensor da "baixa literatura" (as aspas ficam por conta da divisão absurda entre o que seria mais e menos digno de respeito quando a única divisão que deveria interessar é a má e a boa literatura), Conan Doyle teve três sacadas sensacionais ao criar o investigador.
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