São Paulo - A atriz Edie Falco não tinha noção de onde estava se metendo quando aceitou fazer Nurse Jackie, exibida no canal pago Studio Universal. "Não sabia que era uma comédia. Não tenho certeza ainda de que seja", diz, em entrevista por telefone a jornalistas da América Latina.
Edie, de 46 anos, recebeu o roteiro das mãos de um amigo. "Entrei em pânico, porque, quando começa assim, o texto costuma ser ruim", conta. "Mas era bem sombrio, e acabei gostando."
A série fala dessa enfermeira desajustada que tenta fazer coisas boas, mas nem sempre do melhor jeito. "Jackie é uma super-heroína falha. Há muitas coisas instáveis nela, mas ela é uma boa pessoa", define a atriz.
Realmente não há nada de corriqueiro na vida de Jackie. Mãe de duas filhas, casada, ela esconde tudo isso de seus colegas no trabalho inclusive do amante, com quem transa para descolar drogas. Em casa, finge que está tudo bem, embora seja viciada em remédios para a dor.
São tantas camadas que, às vezes, nem ela lembra quem deve ser. "Mulheres também podem ser workaholic, confusas e problemáticas", afirma Edie. "Mas não sou como Jackie. Tenho controlada essa tendência de autodestruição. Jackie, não. Ela vai aos lugares negros. Não quer jogar pelas regras. É uma miliciana. Faz as coisas do seu jeito. Eu não sou tão perversa."
No hospital, trabalha com o médico Fitch Cooper (Peter Facinelli, o dr. Carlisle Cullen de Crepúsculo), com quem sempre se desentende. Afinal, para ela, os médicos não sabem nada. As enfermeiras é que levam os doentes nas costas.
Já o ator defende seu personagem: "Muita gente pensa que ele é um canalha. Mas gosto dele. É tão egocêntrico que não percebe quando faz o mal. É como um cachorrinho numa sala cheia de pessoas que não gostam de cachorros. Todos o chutam, mas ele quer atenção".
A segunda temporada começa em março nos EUA (sem data no Brasil). Falco diz que Jackie vai estar ainda mais ferrada. "Após tudo o que ela passou, parece que ela compreenderia o quanto as coisas estão ruins. Mas não. Ela tem mais caos a enfrentar antes de perceber seus problemas", adianta ela.
Facinelli, de 36 anos, diz que "os personagens vão sair para um passeio". "Já Cooper vai ter altos e baixos. E vai se viciar no Twitter. Como eu", diz.
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