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Em Paris, algo do espírito sonhador dos anos de 1960 aflora em Nick e Meg. Referências ao cinema de Jean-Luc Godard – mais aos personagens e situações do que à forma – vêm à tona, ao longo de Um Fim de Semana em Paris, especialmente Bando à Parte, em sua anarquia melancólica e suavemente cômica.

Meg e Nick são crias daquela década, pessoas que esperavam um mundo melhor e se acomodaram na zona de conforto da classe média. A suada viagem a Paris joga na cara deles que deixaram para trás ideais e sonhos de um mundo melhor. Nick se autodescreve como um “anarquista de esquerda”. Lidar com dinheiro sempre o deixa desconfortável, cabendo não apenas a Meg cuidar das finanças como um consumo desenfreado que, dadas as circunstâncias monetárias do casal, chega a ser um ato impensado de rebeldia.

Ao encontrar, por acaso, com Morgan (Jeff Goldblum), Nick só se sente mais culpado. Colega de juventude quando eram estudantes em Cambridge, seguiram caminhos praticamente opostos.

O sujeito é jovial, rico e bem-sucedido, prestes a lançar um novo livro e a ter um filho com sua mulher mais jovem.

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