Dois projetos de paranaenses estão entre os 149 contemplados, entre um total de 3.446 propostas inscritas, pelo Programa Petrobras Cultural (PPC). Paulo Munhoz, de 48 anos, vai receber R$ 590 mil para finalizar A Floresta É Nossa, que será o seu terceiro longa-metragem de animação. Já Marcelo Munhoz, 39 anos, conseguiu a liberação de R$ 240 mil para realizar a segunda etapa do projeto Ficção Viva, que prevê a realização de workshops e a publicação de um livro. "É preciso ressaltar que não fomos apenas nós que ganhamos o edital. É uma vitória para o Paraná. Vamos levar verba federal para ser investida em Curitiba", disse, ontem, Paulo Munhoz.
O anúncio dos contemplados aconteceu nas dependências da Cinemateca Brasileira, situada na Vila Mariana, em São Paulo. A maior parte dos artistas e produtores premiados, de 18 estados brasileiros, estava presentes na cerimônia. Aos vencedores deste edital, serão distribuídos R$ 52 milhões, para todas as áreas da cultura, incluindo artes cênicas, música, literatura, preservação e memória.
O gerente executivo de comunicação institucional da Petrobras, Wilson Santarosa, fez questão de afirmar, mais de uma vez, que a Petrobras é a empresa brasileira que mais investe na cultura apenas com o PPC, que existe desde 2003, foram destinados R$ 311 milhões para 1.246 projetos contemplados, dentro de um universo de 26 mil propostas inscritas. O executivo foi aplaudido com muito entusiasmo pelos presentes.
O fato de a comissão que escolhe os projetos ser formada por críticos de arte, professores universitários, artistas e pessoas que não fazem parte do governo há apenas mediadores da Petrobras dá credibilidade ao PPC. Esse ponto de vista era um consenso entre os artistas que estavam na cerimônia. "É um edital aberto a toda população. A inscrição é pela internet. A comissão julga, de fato, a qualidade das propostas", disse o paranaense Marcelo Munhoz.
Os R$ 590 mil que Paulo Munhoz vai receber serão fundamentais para concluir A Floresta É Nossa. O longa, orçado em mais de R$ 1 milhão, já está em produção. O cineasta já venceu um outro edital, do BNDES, de R$ 700 mil, captou R$ 100 mil com uma empresa do Rio Grande do Sul e outros R$ 50 mil com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná. Além disso, ele escreveu um livro com o mesmo nome do filme. A Floresta é Nossa tem lançamento previsto para setembro de 2011.
Marcelo Munhoz explica que o Ficção Viva 2, contemplado pelo PPC, vai se traduzir em aproximadamente seis eventos, workshops em Curitiba, durante oito meses em 2011, com a participação de roteiristas e cineastas, do Brasil e da América do Sul, que vão proporcionar ao público, estimado em mais de uma centena de pessoas, reflexões sobre processo de criação. Em um segundo momento, com a edição e distribuição de um livro, o Ficção Viva 2 cumpre a proposta de oferecer à comunidade o acesso ao pensamento sobre o universo da sétima arte.
O jornalista viajou a convite da Petrobras.
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